Acusado de matar "Butiquim" pega 9 anos em julgamento
Acusado de matar "Butiquim" pega 9 anos em julgamento
Publicado em: 08 de novembro de 2014 às 09:50
O servente de pedreiro Sócrates Washington Pires de Souza, 22 anos, foi condenado a nove anos de prisão em regime inicial fechado por matar com cinco tiros o gari Eliton Miranda Passos, conhecido como Butiquim.
Segundo o advogado de defesa do servente, Gésus Grecco, enquanto os recursos do processo não forem julgados, o acusado segue em liberdade. Souza não havia sido preso durante o inquérito e a tramitação do processo. Ele teve prisão preventiva solicitada pelo delegado Ali Hassan Wansa, mas o juiz da 3ª Vara, José Manuel Ferreira, entendeu que o então suspeito poderia aguardarem liberdade.
O Conselho de Sentença do júri reconheceu a materialidade, a letalidade e a autoria, afastando a absolvição. Segundo o juiz Jorge Canil, o servente agiu”com violência extremada, sem justificativa”. O condenado terá de pagar indenização de 50 salários mínimos para a família da vítima. O advogado pretende recorrer da decisão do júri. “O meu cliente é réu primário e a pena pode diminuir por seis anos”. Familiares de Butiquim estavam revoltados com a sentença. Sônia Maria Miranda, 60 anos, mãe da vítima disse que “se fosse para assistir essa condenação, não perderia o dia de serviço” . De acordo com o Ministério Público, na época do crime, Souza negou a autoria. Em depoimento ontem no Fórum, Souza deu sua versão. “Naquele dia, eu e Butiquim já tínhamos discutido. Estava em casa e cheguei do serviço. Fui buscar um cigarro. Ele estava com um facão passando na grade do portão. Peguei a arma e acertei, sem intenção de matar”. A arma teria sido jogada perto da estrada Miguel Jabur Elias (SP-479), que liga Votuporanga a Américo de Campos. Um dos ex-padrastos de Souzadisse que presenciou o crime. “Butiquim pediu uma lima para os vizinhos, dizendo que a cabeça de Souza ia rolar no asfalto. Quando vi, a vítima estava caída”. Como o testemunho do ex-padrasto era diferente do que a primeira versão do autor – negando autoria -o juiz disse que poderia responder por falso testemunho.
O advogado de defesa afirmou que o promotor José Vieira estaria “armando” para a testemunha ser presa. “Isso é baixaria e não vou aceitar”. O promotor disse que era o advogado que estaria fazendo teatro. A testemunha não foi presa porque o servente confessou a autoria para o juiz.
(Com Andressa Aoki - Diário da Região)
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