Macaubal asfalta só metade de rua e caso repercute

Quando as máquinas começaram a preparar a rua Tiradentes, no bairro São Vicente de Paulo, em Macaubal, no ano passado, a estudante Natália Dias, de 18 anos, suspirou aliviada. Afinal, os problemas com barro e, principalmente, poeira seriam extintos com a pavimentação asfáltica.

Mas a frustração veio semanas depois, ao perceber que a rua foi asfaltada pela metade. Isso porque a metade da rua, segundo ela, pertence a uma empresa que está construindo um empreendimento imobiliário no bairro e a outra metade é de responsabilidade da prefeitura. “É um absurdo e desrespeito aos moradores. Na semana passada, cai em um dos buracos de terra”, afirma a estudante, que junto com a irmã Juliana Reis, de 27 anos, passa apuros ao chegar em casa durante as chuvas.

“Ficamos preocupados também por que no final do ano e também em janeiro chove bastante na região. Fica intransitável a rua”, afirma a estudante. Outra moradora que também está revoltada com a barbeiragem feita na pavimentação da rua é a dona de casa Lorraine Najara Lopes.

“A gente limpa a casa e em pouco tempo já está tudo sujo. Sem contar quando chove que vira uma lama arua”, afirma a moradora.

Empurra-empurra

A reportagem do Diário foi até a Prefeitura de Macaubal e foi informada de que o prefeito Dorivaldo Botelho estava viajando.

No outro dia, a assessoria da prefeitura enviou nota, em nome do prefeito, informando que está ciente da falta de asfaltamento da rua Tiradentes.

“Ressalto que o loteamento foi iniciado na gestão anterior e que o local ainda não está liberado para construir por decreto deste prefeito, portanto, manterei tratativas com o loteador objetivando asfaltar o local o mais breve possível”, consta na nota assinada pelo prefeito.

Por meio de nota, a empresa loteadora V. Homsi Empreendimentos Imobiliários Ltda ressaltou que a pavimentação na via pública é de responsabilidade da Prefeitura de Macaubal, tendo em vista que está fora da área loteada.

“A própria Prefeitura já assumiu, por meio o inquérito civil, que tramita na Promotoria de Macaubal, sua responsabilidade, onde inclusive há solicitação direcionada ao Estado para repasse de verba para tal pavimentação”, consta na nota do departamento jurídico da empresa.

Enquanto o impasse não é resolvido, os moradores são obrigados a conviver com o problema e muita poeira e lama. “Por mais que o prefeito diga que o asfalto não foi feito na gestão dele, tem de resolver este problema”, afirma um dos moradores da rua que não quis se identificar. Segundo ele, os motociclistas são os mais prejudicados. “Vários já derraparam com a chuva e caíram”.



(Diário da Região)