"Maníaco da marreta" ataca 2 moças e deixa Rio Preto em pânico

Familiares e moradores do bairro Nova Esperança, em Rio Preto, estão com medo de sair na rua depois que duas jovens, de 15 e 23 anos, foram atacadas a marretadas ontem (30/11).

Greice Pereira de Brito e uma adolescente, que teriam sido escolhidas aleatoriamente, tiveram traumatismo craniano e estão internadas em estado grave, no Hospital de Base e na Santa Casa, respectivamente.

A irmã de Greice acredita que o ataque tenha sido intencional, mas descarta a possibilidade de vingança. “Ele bateu nela para matar. O que nos deixa ainda com mais medo é não sabermos quem é esse monstro, se ele ficou vendo a rotina dela ou se pegou ela do nada, porque a encontrou na calçada. Temos medo de que ele volte”, disse G.P.A., 24. Enquanto aguardava por socorro, a vítima conseguiu dizer aos familiares que não conhecia o agressor. "Encontramos minha irmã caída no chão e cheia de sangue. Conseguimos mantê-la acordada. Ela dizia: “Me ajuda, me ajuda”. A gente perguntou se ela conhecia quem fez isso e ela só conseguia fazer sinal com a mão que não conhecia”, disse a irmã da jovem.

A avó da garota de 15 anos conta que ela havia saído para passear com o cachorro e só soube do crime quando amigos dela foram comunicar a família.

“A gente vê a violência com os outros e não imagina que vá acontecer com a gente. Foi pura maldade com uma menina boa, que trabalha, estuda e não faz mal para ninguém. Estamos aqui nas mãos de Deus só, não tem segurança nenhuma. Como podem ter feito isso com minha neta”, afirmou J.S.S, 67 anos. O crime chocou os moradores que afirmam ter mudado a rotina. “Minhas filhas voltam da escola a pé, mas hoje vou buscar. Agora não confio mais deixá-las andando por aí sozinhas. Já avisei que sem mim ou o pai delas, não é para colocar o nariz no portão”, disse a manicure M.L.A., 34 anos. O delegado Alceu Lima de Oliveira Júnior, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), responsável pelo caso, afirma que o suspeito ainda não foi identificado. “As descrições do carro são vagas. Sabemos apenas que era um carro de cor escura, preto ou azul, e que seria um Vectra ou um Astra.” O delegado trabalha com a hipótese de que apenas uma das jovens fosse alvo inicial do agressor. “A outra vítima teria testemunhado a primeira agressão e, por isso, também teria sido ferida.” Boatos nas redes sociais A Polícia Civil aproveitou para desmentir diversos boatos sobre o agressor. Segundo o delegado, não há nenhum suspeito baleado nem esfaqueado, não há registro de outras agressões nem mortes.

Até a tarde desta segunda-feira, 1º, não foi divulgada nenhuma foto nem retrato falado do suspeito, portanto as pessoas devem ser cuidadosas antes de repassarem informações que chegam pelos aplicativos como WhatsApp e redes sociais.

Quem tiver qualquer tipo de informação sobre o suspeito e/ou os crimes deve entrar em contato pelos telefones 197 ou 190. As denúncias podem ser feitas de forma anônima.



(Tatiana Pires e Maria Stella Calças – diarioweb)