Em agosto deste ano, em comparação a julho, a área com seca se expandiu em uma das 21 unidades da Federação acompanhadas peloMonitor de Secas: Santa Catarina. Por outro lado, a área com o fenômeno diminuiu em outros três estados: Paraná, Pernambuco e Piauí. Outros 16 estados não tiveram variação do território com seca (Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins). O Distrito Federal permanece sem registrar o fenômeno desde fevereiro.
Em 12 estados, 100% de seus territórios registraram seca em agosto: Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Exceto o DF, que não teve registro de seca no último mês, as demais oito unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor apresentam entre 56,5% e 98,2% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.
As cores do gráfico indicam as regiõesCENTRO-OESTE,SUDESTE,NORDESTE,SULeNORTE.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo dograu de severidade das secas no Brasilcom base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo sitemonitordesecas.ana.gov.brquanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste com o Distrito Federal, além de Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.As instituições que atuam no Monitor de Secas em seus respectivos estados são as seguintes:
ESPÍRITO SANTO:Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH); o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER); a Defesa Civil do Espírito Santo; e a Companhia Espírito-Santense de Saneamento (CESAN);
MINAS GERAIS:Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM);
RIO DE JANEIRO:Instituto Estadual do Ambiente (INEA);
SÃO PAULO:Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA).
A metodologia do Monitor de Secas, em operação desde 2014, foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.