Votuporanga
+15° C

Máx.: +17°

Mín.: +

Ter, 29.06.2021
GD Virtual - Sites e Sistemas Inteligentes
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Publicidade

Julho e agosto têm maior seca em SP e MG

A situação de São Paulo seguiu como a mais severa do Brasil em agosto

Publicado em: 24 de setembro de 2021 às 08:02

Julho e agosto têm maior seca em SP e MG
Entre julho e agosto, no Sudeste, devido à persistência de chuvas abaixo da média, as secas extrema e excepcional – as mais severas da escala do Monitor – avançaram no norte e noroeste de São Paulo e no Triângulo Mineiro. Além disso, o Monitor registrou o agravamento da seca em parte do norte mineiro, onde passou de moderada para grave.

Na última atualização doMonitor de Secas, a situação deSão Pauloseguiu como a mais severa do Brasil em agosto. O estado registrou 14% de seu território com seca excepcional, o grau mais severo na escala do Monitor, no noroeste paulista na divisa com o Triângulo Mineiro. São Paulo também teve o maior percentual do País com seca extrema: 27%. Essa é a pior condição do estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em novembro de 2020. Como comparação, em julho as áreas com seca extrema e excepcional registradas foram de respectivamente 11% e 26% do território paulista. Desde abril, a seca é verificada em 100% de São Paulo.

Entre julho e agosto, oEspírito Santoteve uma leve expansão da área com seca moderada, que passou de 46% para 48% do território capixaba. Esta é a condição mais severa do fenômeno no estado desde dezembro de 2019, quando 9% do Espírito Santo passou por seca grave e 43% por seca moderada.





EmMinas Gerais, em agosto, houve o surgimento de área com seca excepcional, a mais severa na escala do Monitor, no Triângulo Mineiro: 2% do estado. Também foi verificado um avanço significativo da seca extrema (de 3% para 12%) no território mineiro em comparação a julho. Essa é a condição mais severa do fenômeno em Minas desde fevereiro de 2019 e a segunda mais severa do histórico do estado no Mapa do Monitor, iniciado em novembro de 2018. Considerando a área total com o fenômeno em agosto, o estado registrou a 2ª maior área nessa situação (586 mil km²), ficando somente atrás de Mato Grosso.




NoRio de Janeiro, entre julho e agosto, não houve variação na severidade e na área com seca no estado. Em 41% do território fluminense foi verificada seca moderada e em outros 41% seca fraca. O restante do estado não teve registro do fenômeno no período. Esta é a pior condição de seca do Rio de Janeiro em seu histórico no Mapa do Monitor, iniciado em maio de 2020. Por outro lado, o estado teve a melhor condição de seca do Sudeste em agosto.


Em agosto deste ano, em comparação a julho, a área com seca se expandiu em uma das 21 unidades da Federação acompanhadas peloMonitor de Secas: Santa Catarina. Por outro lado, a área com o fenômeno diminuiu em outros três estados: Paraná, Pernambuco e Piauí. Outros 16 estados não tiveram variação do território com seca (Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins). O Distrito Federal permanece sem registrar o fenômeno desde fevereiro.




Em 12 estados, 100% de seus territórios registraram seca em agosto: Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Exceto o DF, que não teve registro de seca no último mês, as demais oito unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor apresentam entre 56,5% e 98,2% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.

As cores do gráfico indicam as regiõesCENTRO-OESTE,SUDESTE,NORDESTE,SULeNORTE.

Em termos de severidade do fenômeno, 14 estados tiveram uma intensificação da severidade da seca em julho: Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,Minas Gerais, Paraíba, Paraná,Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul,Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Nos casos de Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo; foi verificada a situação de seca mais severa no histórico de cada um deles no Monitor.


A região entre o noroeste paulista e o Triângulo Mineiro é a única com seca excepcional – a mais severa na escala do Monitor. Com isso, São Paulo e Minas Gerais são as duas unidades da Federação com seca excepcional respectivamente em 14,83% e 2,74% de seus territórios.


Em Alagoas, Ceará e Rio de Janeiro a severidade do fenômeno se manteve estável entre julho e agosto. Por outro lado, Bahia, Espírito Santo e Sergipe tiveram abrandamento da situação de seca, enquanto o DF segue sem o fenômeno desde fevereiro.


Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguida por Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul e Goiás.



As cores do gráfico indicam as regiõesCENTRO-OESTE,SUDESTE,NORDESTE,SULeNORTE.




O Monitor realiza o acompanhamento contínuo dograu de severidade das secas no Brasilcom base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo sitemonitordesecas.ana.gov.brquanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.




Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste com o Distrito Federal, além de Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.




O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.As instituições que atuam no Monitor de Secas em seus respectivos estados são as seguintes:




ESPÍRITO SANTO:Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH); o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER); a Defesa Civil do Espírito Santo; e a Companhia Espírito-Santense de Saneamento (CESAN);

MINAS GERAIS:Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM);

RIO DE JANEIRO:Instituto Estadual do Ambiente (INEA);

SÃO PAULO:Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA).




A metodologia do Monitor de Secas, em operação desde 2014, foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.

Publicidade