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Seca no Sudeste fica mais branda

Fenômeno se abrandou em Minas Gerais com a diminuição da área com seca moderada

Publicado em: 07 de março de 2024 às 00:43

Na comparação entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em Minas Gerais com a redução da área com seca moderada de 36% para 21% do maior estado da região. O Espírito Santo se manteve com áreas com seca fraca e moderada. Já o Rio de Janeiro e São Paulo registraram estabilidade nas áreas com seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor.

Em termos de áreas com seca, Minas Gerais e São Paulo registraram aumento da área com o fenômeno de 82% para 89% do território mineiro e de 20% para 57% do território paulista. Já no Espírito Santo a área com seca se manteve em 100% do estado entre novembro e janeiro. No caso do Rio de Janeiro, a seca permaneceu em 42% do território fluminense entre dezembro e janeiro. A seguir estão os destaques por estado do Sudeste.

Cenário nacional



Entre dezembro e janeiro, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em nove unidades da Federação, conforme a última atualização doMonitor de Secas: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí e Sergipe. Em nove estados a seca ficou mais intensa no período: Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Roraima e Tocantins. A seca ficou estável, em termos de severidade, em seis estados: Amapá, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia e São Paulo. Já no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina não houve registro do fenômeno.

Na comparação entre dezembro e janeiro, quatro estados registraram diminuição da área com seca: Amapá, Bahia, Pará e Piauí. Por outro lado, em dois estados houve o aumento da área com o fenômeno: Minas Gerais e São Paulo. Em outras 18 unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Já no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina permaneceram sem o registro de seca em janeiro.

As cores do gráfico indicam as regiõesCENTRO-OESTE,SUDESTE,NORDESTE,SULeNORTE.



Doze unidades da Federação registraram seca em 100% do território em janeiro deste ano: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 23% a 98%.

As cores do gráfico indicam as regiõesCENTRO-OESTE,SUDESTE,NORDESTE,SULeNORTE.



Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de janeiro, seguido por Pará, Mato Grosso, Bahia e Minas Gerais. No total, entre dezembro e janeiro, a área com o fenômeno caiu de 7,35 milhões para 7,21 milhões de km², o equivalente a 85% do território brasileiro.

As cores do gráfico indicam as regiõesCENTRO-OESTE,SUDESTE,NORDESTE,SULeNORTE.



O Monitor de Secas



O Monitor realiza o acompanhamento contínuo dograu de severidade das secas no Brasilcom base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo sitemonitordesecas.ana.gov.brquanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.



Coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), o Monitor de Secas é desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.As instituições que atuam no Monitor de Secas em seus respectivos estados no Sudeste são as seguintes:



ESPÍRITO SANTO:Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH); o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER); a Defesa Civil do Espírito Santo; e a Companhia Espírito-Santense de Saneamento (CESAN);MINAS GERAIS:Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM);RIO DE JANEIRO:Instituto Estadual do Ambiente (INEA);SÃO PAULO:Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA).

O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023.



A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.



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