O Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo condenou, na quinta-feira (6), o delegado aposentado Moacir Rodrigues de Mendonça pelo crime de estupro contra a própria neta, em Olímpia (SP). O crime foi em setembro de 2014, em um hotel da cidade. Na época, a vítima, que mora em São José do Rio Preto (SP), tinha 16 anos. O advogado foi condenado a 18 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado.
O delegado pode recorrer da sentença em liberdade por ser a primeira condenação, mas a advogada da vítima disse que irá entrar com pedido de prisão imediata, já que recentemente o Supremo Tribunal Federal entendeu que após a condenação pelo TJ o réu deve ser preso.
A decisão do TJ foi unânime e reverteu a sentença que, em maio do ano passado, absolveu Mendonça e o colocou em liberdade. O Ministério Público recorreu contestando a sentença do juiz. Ele era delegado assistente do 1º Distrito Policial de Itu (SP) e ficou preso por um ano e seis meses enquanto aguardava julgamento do caso.
Na época da absolvição, a mãe da vítima, Virna Heloísa de Mendonça, ficou inconformada com a decisão do juiz que absolveu o pai dela da acusação de estupro. Segundo Virna, durante todo o processo foi ameaçada pelo pai. “Ele ligou e falou para não dar continuidade, não dar queixa, porque poderia trazer problemas para meu marido, que é policial militar. Ele ameaçou meu marido com o poder que tem de levar problema para ele no trabalho. Na minha casa teve dois tiros, o muro da minha casa foi quebrado”, disse na ocasião.
Entenda o caso
O crime teria acontecido em setembro de 2014, em um hotel na cidade de Olímpia. Os dois foram passar um final de semana no local. O convite partiu do avó, na época com 62 anos. O combinado era de que ele iria com a neta, a irmã dela e uma irmã dele, mas na última hora decidiu viajar só com a neta de 16 anos.
A jovem conta que já na primeira noite foi obrigada a ter relação sexual com o avô. “Ele me puxou pelo braço e me jogou na cama, eu fiquei muito assustada. Senti muito medo, porque nunca iria imaginar que ele ia fazer esse tipo de coisa”, afirmou a jovem.
(TVTEM/G1)