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VOTUPORANGUENSE PRESO PELA PF

Ele é ex-presidente da Dersa e diretor da Cesp

Publicado em: 21 de junho de 2018 às 11:36

VOTUPORANGUENSE PRESO PELA PF
A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (21/6) a operação Pedra no Caminho, que apura o desvio de recursos públicos em obras do Rodoanel – Trecho Norte.

Um dos presos é o votuporanguense, Laurence Casagrande Lourenço, ex-diretor presidente da Dersa, principal alvo da operação. Atualmente, ele preside a Companhia Energética de São Paulo (Cesp). No último ano, Laurence acumulou o cargo de secretário de Transportes e Logística e deixou a pasta quando Márcio França (PSB) assumiu o governo. Ele atua no governo tucano há 17 anos e tem passagens pela Secretaria da Segurança Pública e Fundação Casa.

Durante a operação foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária e 51 mandados de busca e apreensão, todos expedidos, a pedido da PF, pela 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo, nas cidades de São Paulo/SP, Carapicuíba/SP, Arujá/SP, Bofete/SP, Ribeirão Preto/SP e São Pedro/SP, no estado de São Paulo e também em Marataízes e Itapemirim, no estado do Espírito Santo.

O inquérito policial foi instaurado em 2016, após um ex-funcionário de uma empresa que atuou nas obras apresentar à Polícia Federal informações acerca de possíveis manipulações em termos aditivos desta obra do Rodoanel, para aumentar o valor pago a empreiteiras, que já haviam vencido a licitação para realizar as obras.

As investigações apontam que aditivos contratuais, relacionados principalmente à fase de terraplanagem da obra, incluíam novos serviços para efetuar a remoção de matacões (rochas) misturados ao solo. As provas produzidas no inquérito policial indicam que era previsível a existência de matacões no solo e, portanto, o projeto inicial já contemplaria o custo de sua remoção.

De acordo com os autos, no total, o acréscimo desses serviços teria ocasionado um sobre preço de mais de R$ 131 milhões. Segundo perícia da PF e relatórios do Tribunal de Contas da União e da Controladoria Geral da União, em um dos cinco lotes onde houve aditivos relacionados a remoção dos matacões, houve apuração de sobre preço da ordem de R$ 33 milhões.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de fraude à licitação, estelionato contra o Poder Público, falsidade ideológica e associação criminosa. Os presos permanecerão na sede da PF em São Paulo, à disposição da Justiça Federal.

(Com ASCOM PF)

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