Um acusado de participação em tentativa de assassinato de um jovem, em uma estrada rural de Valentim Gentil, em 2011, foi inocentado pelo Tribunal do Júri Popular de Votuporanga desta sexta-feira (12).
Ele foi denunciado pela Promotoria por ter levado de carro a vítima e o autor do crime até o local dos tiros. O autor dos disparos, na época era menor, e também foi interrogado no julgamento de ontem como testemunha, mas se recusou a falar, negou participação e por isso vai responder a outro processo, o de falso testemunho. Ele está na cadeia.
Desde o início do processo o então menor,apontado pela polícia como traficante, não contribuiu com o esclarecimento do ocorrido.
No primeiro interrogatório policial disse que tramou a morte da vítima depois de ter descoberto um ritual de mágia negra contra ele e a mãe.
Contou a polícia ter achado dois sapos mortos dentro de casa, tendo visto a boca de um bicho costurada e ao abrir a boca do sapo encontrou o nome deles escritos em um papel.
Na versão do acusado, a tal macumba foi providenciada pela vítima, que tentava se relacionar dom a mãe dele e foi rejeitado.
Para a polícia a história do ritual é mentira, tendo sido inventada para acobertar a verdade: uma dívida de R$150 de drogas da vítima.
De acordo com o processo, o adolescente (testemunha no júri de ontem) se juntou com o réu e simularam buscar droga em uma fazenda distante da cidade.
Era noite, o carro parou na vicinal Marcírio Gomes, o adolescente levou a vítima para um pasto e descarregou o revólver.
O autor do crime voltou correndo e ambos fugiram, mas no caminho o carro atolou no barro. Eles passaram a noite dentro do veículo e na manhã seguinte pediram ajuda a um morador.
O rapaz que levou os tiros ficou no local ferido e também pediu ajuda em um sítio.
Em depoimento durante o julgamento o rapaz que dirigiu o carro alegou desconhecer o plano do adolescente para matar o viciado em drogas e também se declarou usuário de maconha na época do crime.
Atualmente ele mora em Fernandópolis e trabalha como motorista. Com a absolvição segue livre.