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Traficante preso pela DISE pega 17,6 anos de cadeia

Ele integrava quadrilha de Votuporanga que distribuía droga na região. Esconderijo era uma fortaleza

Publicado em: 10 de dezembro de 2020 às 11:57

Traficante preso pela DISE pega 17,6 anos de cadeia
Quatro pessoas (três delas de Votuporanga) envolvidas com um esquema regional de distribuição de droga foram condenadas pela Justiça de Votuporanga ontem (9). O chefe do esquema pegou 17,6 anos de prisão.

O casal que guardava mais de 92 kg de maconha na casa onde moravam, perto do Assary, pegou 15 anos de cadeia, mesma pena para o quarto integrante da quadrilha. O local é comparado pela polícia a uma ‘fortaleza’ devido ao sistema de segurança que tinha.

Na sentença de 9 páginas o juiz Jorge Canil detalha toda a estrutura montada pelos traficantes e a maneira de dissimular o crime. Um deles, por exemplo, trabalhava como entregador de marmitas e utiliza a moto do restaurante para traficar. A mulher buscava roupa em São Paulo para revender.

A condenação também deixa claro trabalho técnico da investigação da DISE. Foram mais de 3 meses de trabalho de campo dos agentes. Eles acompanharam toda a atuação para ‘fechar’ o cerco e prender os envolvidos. O flagrante foi em 27 de novembro de 2019.

Na ação, os policiais prenderam o traficante que entregava droga para um comprador. O encontro dos criminosos ocorria em uma praça, na avenida Pansani.

De lá os policias foram na casa do primeiro traficante e encontrou maconha dentro de brinquedo. Já na residência do casal estava o criminoso responsável por trazer a maconha do estado de Mato Grosso do Sul.

Em depoimento no Fórum, o entregador de marmitas admitiu o crime. Alegou que tinha sido preso também por tráfico em 2013 e voltou ao crime por dificuldades financeiras. Isentou os patrões, que não sabiam da atividade criminosa dele.

Já o dono da casa onde a droga estava escondida disse que recebeu proposta de um homem conhecido pela internet para armazenar o entorpecente em troca de R$4 mil e usuário esse valor para pagar pensão atrasada de um filho. Os demais réus negaram envolvimento.

A droga apreendida foi avaliada em cerca de R$180 mil. Depois de ‘batizada’ custaria até R$600 mil. A sentença não permite liberdade provisória, por isso todos os homens continuam presos. A mulher está em liberdade por ter filho pequeno.

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