Detalhes da investigação da Polícia Federal após a interceptação de um avião com 663 quilos de cocaína perto de Jales ontem (3) vão ajudar no combate ao narcotráfico internacional.
Os verdadeiros donos do avião, o destino do carregamento e a identidade dos tripulantes já são apurados pela PF. O registro do avião está suspenso e a PF investiga a identidade do proprietário.
Um exame na droga demonstrou que ela é do tipo mais puro, ou seja, o cloridrato de cocaína, que quando "batizado" rende até dez vezes (ou mais)- e é chamada de pasta base.
Esse tipo de entorpecente tem como destino final o exterior. As embalagens tinham, por exemplo, nomes como 'London', Londres. A perseguição aérea começou no Mato Grosso do Sul, logo que o avião cruzou a fronteira brasileira e entrou no radar da FAB. Dois caças supertucanos acompanharam o avião, tentaram comunicação via rádio, aproximação e sinais luminosos, porém sem resposta.
Os pilotos iniciaram o protocolo de abate, o que é permitido pela legislação brasileira, com disparos de advertência, até que o piloto traficante aterrissou em uma pista rural, no meio de um canavial.
De acordo com a PF, os criminosos tentaram 'queimar' as provas, atirando contra a aeronave para causa incêndio. Eles acabaram correndo pelo canavial e mata, fugindo, antes da chegada da equipe terrestre da PF.