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COMBATE TRABALHO INFANTIL

No estado de São Paulo havia 460 mil pessoas com menos de 18 anos trabalhando

Publicado em: 23 de julho de 2018 às 19:10

O dia 23 de julho é o DiaNacional de Combate ao Trabalho Infantil na Rua, mas a data está longe de ser uma comemoração, ainda falta informação e números sobre as ocorrências de trabalho infantil.
O comércio de produtos e as rápidas performances com malabares nos faróis de vias movimentadas são as principais atividades exercidas na cidade ao longo das últimas décadas e está entre as 93 atividades consideradas como as piores formas de trabalho infantil.Esse tipo de trabalho não aparece nos dados sobre trabalho infantil e há dificuldade na inserção desses meninos e meninas nas políticas de enfrentamento e prevenção.
“As piores formas são aquelas que trazem os maiores prejuízos ao desenvolvimento saudável da criança e do adolescente. Todas as atividades de alguma forma trazem isso, mas algumas são mais graves ao afetar o desenvolvimento físico, psicológico e moral”, explica Elisiane dos Santos, procuradora do MPT/SP e coordenadora Nacional da Coordinfância (Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente).

Onúmero de crianças trabalhando nas ruas não é preciso.A última Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD) que pode apontar essa situação é a de 2015. No estado de São Paulo havia 460 mil pessoas com menos de 18 anos trabalhando. Em relação ao município, não temos levantamento recente, já que o Censo é realiza apenas a cada dez anos.“O próximo Censo ocorrerá em 2020. Mas o Censo faz o levantamento apenas dos 10 aos 17 anos. É diferente da PNAD que vai desde os 5 anos. Isso quer dizer que esse número de crianças trabalhando é maior”, conclui a coordenadora nacional da Coordinfância.

Consequências

O trabalho infantil aumenta os riscos de abuso sexual, consumo de drogas, aliciamento pelo tráfico, má formação física, traumas psicológicos e acidentes, como atropelamentos. Além disso, trabalhadores mirins têm maior risco de tornarem-se trabalhadores escravos na vida adulta ou moradores de rua.

Questões ligadas a problemas físicos como queimaduras, envelhecimento precoce, câncer de pele, desidratação, doenças respiratórias, hipertermia, traumatismos, ferimentos, também são consequências do trabalhado praticado por crianças e adolescentes.

Trabalho de conscientização

ACidade Escola Aprendiz/Rede Peteca - Chega de Trabalho Infantil, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), está com um projeto especial: Chega de Trabalho Infantil. O projeto está com ações na cidade de São Paulo para conscientizar as pessoas sobre a compra de produtos vendidos por crianças e como agir nesses casos.

"Culturalmente, o trabalho infantil ainda é bem aceito por grande parte dos brasileiros. Campanhas de comunicação como as que temos feito são de fundamental importância para esclarecermosa gravidade do problema e, assim, ganharmos mais aliados para sua erradicação”, conta Roberta Tasselli, gestora de Comunicação para o Desenvolvimento da Cidade Escola Aprendiz.

A melhor forma de combater o trabalho infantil é acionando a assistência social por meio da central de atendimento SP 156, em vez de comprar produtos ou dar dinheiro.



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