Na manhã desta sexta-feira, dia 28, policiais civis do Núcleo DIG/DISE de Rio Preto foram até uma propriedade rural da cidade de Tanabi verificar uma denúncia que no local estavam estocados dormentes furtados dos trilhos da concessionária América Latina Logística (ALL).
Uma equipe de policiais foi até o sítio, que fica perto da ferrovia, e constatou a existência de 630 dormentes de madeira que pertenciam à empresa.
O proprietário do imóvel, um homem de 54 anos, foi localizado e disse, de forma evasiva, que tinha autorização de um funcionário da ALL para retirar e estocar o material, negando qualquer ato ilícito. O funcionário foi contatado e disse que jamais dera tal absurda autorização e que sequer teria autonomia para isso.
Para maior apuração, todo material foi apreendido e devolvido à empresa de logística. Um inquérito será instaurado para apurar crime de furto e/ou receptação, mas o homem responderá aos fatos em liberdade. Outros envolvidos também serão investigados pela participação no esquema.
Ocorre que durante os trabalhos da polícia compareceu o advogado do suspeito, que exaltado mandou um dos investigadores calar a boca. O policial, devidamente identificado com distintivo e com viatura caracterizada, advertiu o defensor sobre a prática de desacato, momento que o advogado, exaltado, mandou o policial sair dali.
Ele recebeu voz de prisão do investigador e foi conduzido à Delegacia de Polícia de Tanabi onde foi lavrado termo circunstanciado por desacato e responderá ao processo em liberdade.
Veja nota da polícia sobre advogado: O Núcleo DIG/DISE entende perfeitamente que o trabalho da defesa é fundamental para as garantias constitucionais e pela lisura ao acompanhar os atos de polícia judiciária, e por conseguinte, assegurar o justo processo legal. Portanto possuímos imenso respeito e admiração pelos profissionais que militam na área do direito penal. Esses fundamentais profissionais do direito sempre nos respeitaram em Rio Preto, e a imensa maioria é formada por profissionais educados, competentes e que não atrapalham as diligências policiais. Esse caso isolado e inédito é lamentável, mas jamais abalará a reciprocidade de respeito entre a classe policial civil e os advogados. Todavia, qualquer pessoa, independente da profissão, que tentar confrontar as autoridades no exercício de tão nobre labor, será punida na forma da lei.