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CONTRA O CRIME ORGANIZADO

Ação do GAECO com prisões

Publicado em: 30 de janeiro de 2018 às 18:26

CONTRA O CRIME ORGANIZADO
Vinte e seis pessoas foram presas pela Polícia Militar durante operação realizada em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público, núcleo de Araçatuba, nesta terça-feira (30).

Os presos seriam integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios, e estariam associados para o tráfico de drogas. Vinte e dois deles foram detidos em cumprimento a mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça de Ilha Solteira e outros seis foram presos em flagrante por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo.

Ao todo, foram expedidos 22 mandados de prisão e outros 35 de busca e apreensão para serem cumpridos nos municípios paulistas de Castilho, Pereira Barreto, Ilha Solteira e Três Lagoas (MS).

INVESTIGAÇÃO
Segundo o promotor de Justiça Marcelo Sorrentino Neira, a investigações começaram há oito meses. Desde então, outras 14 pessoas foram presas em flagrante, somando 40 prisões de membros da quadrilha no período.Ele informa que o grupo passou a ser investigado depois que a Polícia Militar oficiou o Gaeco sobre o aumento dos índices de criminalidade nesses municípios.De acordo com Neira, durante as investigações que resultaram na operação Cyprinus, deflagrada em 6 de outubro de 2016, foi identificado que havia membros do PCC atuando em Ilha Solteira.

ESCUTAS
Aquela operação foi deflagrada depois de cinco meses de investigações com escutas telefônicas, devido a vários roubos ocorridos em Valparaíso. Em outubro do ano passado, a Justiça de Valparaíso condenou à prisão os 15 réus presos durante aquela operação. Dois deles foram condenados a mais de 60 anos de prisão cada um, e as penas somadas chegam a 429 anos de cadeia.

"Assim que concluímos aquela ação, começamos essa investigação e detectamos conexões do grupo com outros municípios. Verificamos que os integrantes compravam e trocavam entorpecentes e a maioria era simpatizante ou membro do PCC", informa o promotor.

TRÁFICO
De acordo com o Gaeco, o principal foco das pessoas presas durante a operação desta terça-feira é o tráfico de drogas e a associação ao tráfico, apesar de as interceptações telefônicas mostrarem que alguns deles planejavam assaltos. Os acusados também tinham como objetivo aliciar outros membros para integrar a facção criminosa e comercializavam rifas para financiar as ações do grupo.

Em nota enviada à imprensa, a Polícia Militar informa que os mandados de busca e apreensão e de prisão temporária foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Ilha Solteira.

Além das 20 prisões temporárias cumpridas e outras seis pessoas presas em flagrante, foram apreendidos três revólveres calibre 38, um pé de maconha, uma balança de precisão, R$ 1.404 em dinheiro, 103 gramas de crack, um grama de cocaína, sete gramas maconha e uma munição calibre 22.

Cerca de 150 policiais militares participaram da operação, com apoio do helicóptero Águia e de um cão do Canil da PM. Todos os presos foram levados para a base da Polícia Militar de Ilha Solteira, onde foi montada uma espécie de central para ouvi-los. Posteriormente, eles seriam transferidos para presídios da região.

RECADO
Neira comenta que, com a operação, as autoridades dão o recado de que o crime não compensa e que as pessoas de bem podem acreditar na polícia e Ministério Público, no que se refere à preservação da ordem.

"Na medida em que fazemos uma investigação desse porte, que alcança esse resultado, as ações são freadas. Não sei por quanto tempo, mas com certeza é dado um basta", comenta.







(Lázaro Jr e Roni Willer – Folha da Região)

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