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CONHEÇA O "PROFESSOR PARDAL" DE TANABI

Inventor da região conta que já fez até carro anfíbio

Publicado em: 26 de fevereiro de 2018 às 11:24

CONHEÇA O
Sempre tem uma solução para qualquer problema que não seja a morte. O home é capaz de tudo, precisa apenas pensar no problema que acha uma solução. Hoje eu tenho 52 anos, quando era moço eu queria uma moto, mas não tinha dinheiro, então eu fiz uma e rodei muito anos com ela.

Eu ganhei o apelido de Professor Pardal esses dias atrás aqui em Tanabi, mas eu invento coisa desde muito tempo. Me chamaram de Professor Pardal porque eu montei um carro que anda na terrae na água, foi o segundo que fiz, suporta 150quilos sem afundar e com alguns ajustes dá pra por mais de trezentos quilos. O primeiro que fiz suportou oitocentos quilos em cima. Já voei com trackers que eu mesmo fiz.

Comecei a trabalhar como torneiro mecânico desde mocinho. Com 12 anos, entrei numa oficina mecânica pra trabalhar. Passado um tempo, saiu o rapaz que operava o torno e o dono da oficina, o seu Edgard, me ofereceu o lugar e eu aceitei. Não fiz, curso, nada. O seu Edgard mostrou como funcionava o torno e explicava como queria as peças e fui fazendo, tudo na intuição.

Fui pouco tempo na escola. Me falaram que os carros anfíbios que montei, já montei dois, têm aplicação de matemática e física. Eu penso como fazer, calculo, testo, tudo por intuição, mas não sei nada de matemática, de física.

Faço tudo com sucata, não uso nada novo para não encarecer. Adapto uma peça, emendo um ferro, vou pensando e vou fazendo.

O primeiro carro anfíbio foi feito com um chassi de kombi, esse último foi feito com um de Brasília. Eu resolvi fazer um carro anfíbio pra entrar na água. Os amigos me chamam para pescar, mas eu tenho medo de entrar no barco na água. Mas com o meu carro, não tem problema.

Ficar no barranco segurando uma vara é muito chato. Eu vou montar uma cadeira flutuante que o pescador fica sentado ou até deitado dentro da água e pode se deslocar com ela.

Desde criança eu sou assim, invento coisas, ou monto diferente. Tudo que é meu tem de ser diferente dos outros. O meu primeiro invento, eu era criança, foi um carrinho de rolimã. Como tinha que ser diferente, fiz com quatro rodas.

Eu montei um tracker, fez um sucesso grande. Vendi muitos deles, só que eu não ganhei dinheiro com aquilo que eu monto. No Brasil ninguém investe nesse tipo de coisa, de coisa que dá certo, mas como é de material reciclado, tem preconceito.

Eu ganho meu dinheiro dando manutenção em máquinas de fábricas de alumínio e fazendo moldes para as fábricas. E dando solução para os problemas das pessoas. A pessoa tem duas máquinas diferentes em casa, mas ele precisa de uma terceira. Das duas que ele não precisa eu monto a que ele está precisando. Por isso que eu digo que todo problema tem solução, e a solução pode ser muito simples e funcionar. Basta pensar no problema que se encontra a solução.



(A Voz Regional)

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