A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, por meio do seu presidente, deputado Carlão Pignatari, homenageou, nesta sexta-feira (12/11), os policiais que atuaram em confronto direto para impedir o mega-assalto a bancos ocorrido em 30 de agosto, em Araçatuba.
Os profissionais foram homenageados na sede do CPI-10 (Comando de Policiamento do Interior), na cidade. Carlão Pignatari condecorou 60 militares com o colar de Honra ao Mérito Legislativo, maior honraria concedida pela Alesp. Outros 88 policiais receberam o certificado de Honra ao Mérito do CPI-10.
A cerimônia contou com a participação do prefeito de Araçatuba, Dilador Borges; do comandante do dispositivo formado, major Gledes Nelson Marques; do Comandante do CPI-10, coronel Rodrigo Eval Arena; além de prefeitos de cidades vizinhas, vereadores e outras autoridades públicas, e convidados.
“A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo faz uma justa homenagem a esses heróis que defenderam não só a vida das pessoas, mas a honra de todos nós paulistas'', disse o presidente da Alesp. “Parabéns a todos vocês, onde mesmo os policiais que não estavam no combate, mas que ficaram no outro dia preservando os lugares onde tinham bombas que podiam ser detonadas a qualquer momento. Isso mostra honradez e compromisso de cada um de vocês, completou Carlão Pignatari.
Em sua fala, o prefeito de Araçatuba, Dilador Borges, agradeceu aos policiais militares envolvidos na operação. “Os bandidos passaram atirando a meio quarteirão da minha casa. Ouvi mais de duas horas de troca de tiro e vocês não recuaram”, disse. “Ao Baep [Batalhão de Ações Especiais de Polícia] e Polícia Militar, a nossa gratidão pela coragem de vocês em defesa à vida. Muito obrigado”, finalizou o prefeito.
O comandante do CPI-10, Rodrigo Eval Arena, relembrou sobre a ação, os armamentos e a violência dos assaltantes na data, e agradeceu aos presentes.
Assalto
Na madrugada do dia 30 de agosto de 2021, um grupo com, pelo menos, 20 homens fortemente armados, invadiram a cidade de Araçatuba, localizada a pouco mais de 500 quilômetros de São Paulo, em até 10 carros, e assaltaram três agências bancárias da cidade.
Imagens divulgadas por moradores e câmeras da cidade mostram que, durante a fuga, o grupo usou reféns como ''escudo humano'' para escaparem de uma reação mais dura por parte da Polícia Militar.
Os criminosos, que usaram um drone para fiscalizar o movimento dos policiais, queimaram um caminhão e o deixaram atravessado para impedir a passagem de reforços policiais enviados de cidades vizinhas. O ataque ficou conhecido como ''Novo Cangaço'' e resultou em três mortes, uma delas de um envolvido no crime, e outras seis pessoas ficaram feridas. Até agora, foram presas sete pessoas e a polícia ainda investiga as ligações da quadrilha com outros crimes semelhantes.