A Justiça prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária dos suspeitos de estelionato e prática de pirâmide financeira investigados pela Polícia Federal de Jales durante a operação Ponzi.
A investigação apontou os acusados tinham uma empresa que oferecia serviço de crédito, mas a estrutura era usada para convencer as pessoas a investir economias, com a promessa de um retorno de 6% ao mês. O esquema teria movimentado aproximadamente R$ 100 milhões em quatro anos, ainda de acordo com a PF.
Segundo o delegado da Polícia Federal de Jales, Jackson Gonçalves, a investigação começou a partir de uma denúncia de que um empresário de Santa Fé do Sul captava dinheiro do mercado e pagava juros maiores do que os oferecidos pelos bancos sociais.
“Quanto mais ele pegava o dinheiro e pagava, mais as pessoas investiam e mais propagandas eram feitas nas mídias, a ponto dele ter pagado uma matéria na Revista Forbes, como se fosse um empresário de sucesso no Brasil, bem sucedido, que andava com carros luxuosos, lanchas e aviões, e que tinha imóveis", explica.
"Tudo isso enchia os olhos dos investidores, que achavam, cada vez mais, que aquele era o caminho certo. Com essa forma de agir, ele conseguia cada vez mais investidores.”
O delegado explica que, depois da captação dos recursos dos investidores, os juros pagos não eram com a receita dele, mas com o dinheiro de outros investidores que entravam no ciclo financeiro.
“Esse tipo de atividade é denominado como pirâmide financeira. A hora que os investidores pararem de entrar na cadeia, ela vai ruir. Aí quem entrou e pagou, não vai receber. Por isso o crime de economia popular”, afirma.
“A quantidade de vítimas ainda não foi confirmada. Com a deflagração da operação e cumprimento das buscas, vamos analisar o material e documentação apreendidos. A partir da documentação, vamos poder chegar ao número de vítimas.”
Balanço da Operação
Foram apreendidos na operação:
8 (oito) veículos;
4 (quatro) embarcações;
1 (uma) moto aquática;
1 (uma) aeronave;
(Com G1/TVTEM)