Os órgãos de um homem de 33 anos, que morreu depois de ter sido agredido em Itapura, cidade onde morava, que foram captados nesta quinta-feira (13), no Hospital Regional de Ilha Solteira, devem salvar, pelo menos, quatro vidas.
De acordo com a Polícia Civil, o homem foi agredido em uma briga de rua, por motivo considerado fútil. Ele deu entrada no Hospital Regional de Ilha Solteira na manhã de sábado (8), com uma lesão no crânio (traumatismo craniano).
Após todos os exames e protocolos, foi constatada a morte encefálica. A Polícia trata o caso como assassinato.
Na cirurgia realizada nesta quinta, inédita no Hospital Regional de Ilha Solteira, foram captados rins, fígado, córneas e ossos. Rins, fígado e córneas foram enviadas para São José do Rio Preto. Já os ossos, para Marília. A expectativa é que pelo menos quatro vidas sejam salvas.
O trabalho foi realizado em parceria com equipes do Hospital de Base de São José do Rio Preto e de Marília. A equipe da unidade ilhense diagnosticou a morte encefálica e manteve os órgãos vitais do paciente funcionando, até que os médicos do HB e Marília fizessem a captação.
É a primeira vez que esse tipo de cirurgia foi realizada em Ilha Solteira. A administração do Hospital Regional vinha capacitando uma equipe há algum tempo, patrocinando cursos na área para alguns funcionários.
A partir dessa primeira experiência, a expectativa é que o Hospital Regional passe a captar, com uma frequência maior, órgãos de pacientes que tenham morte encefálica.
Apesar de morar em Itapura, o doador era do Maranhão. A doação dos órgãos foi autorizada pela família. Seu corpo já foi encaminhado para seu estado de origem, onde deve ser enterrado.
(Douglas Cossi Fagundes – ilhadenoticias)
