A Santa Casa de Votuporanga preza pelo atendimento humanizado, com foco no bem-estar do paciente. Uma profissional que retrata essa assistência acolhedora é a doula, acompanhante de parto que oferece suporte afetivo, físico, emocional e de conhecimento para as mulheres. O Encontro de Famílias Grávidas, promovido pelo Hospital e SanSaúde, trata nesta semana sobre a atuação das doulas no nascimento.
A capacitação será nesta quinta-feira (1/6), com Arlete Mendes. Estão convidadas grávidas e seus familiares para conhecer um pouco mais sobre a profissional que orienta e assiste a futura mãe.
O enfermeiro obstetra da Instituição, Rodrigo Ribeiro, explicou a função da doula. “Durante o trabalho de parto, a equipe de enfermeiros obstetras e o médico decidem qual método não farmacológico para alívio da dor mais indicado para aquele momento. A doula é a ponte entre essa equipe e a gestante, realiza massagens relaxantes, banhos quentes e ajuda a encontrar posições mais confortáveis. Na cesárea, também é importante, pois continua dando apoio e conforto”, ressaltou.
Rodrigo enfatizou que pesquisam comprovam os benefícios da profissional no acompanhamento da gestante. “Diminui insegurança da mãe, ocasionando um maior autocontrole e menos dor. Também colabora com o sucesso na amamentação. São melhorias significativas que resultaram da assistência da doula”, disse.
O provedor da Santa Casa, Luiz Fernando Góes Liévana, ressaltou a importância do Encontro de Famílias Grávidas. “É uma iniciativa que tem dado certo. A cada 15 dias, buscamos profissionais do nosso complexo para sanar dúvidas das mães e dos familiares, para que possam usufruir do dom da vida e do nascimento de uma criança de forma tranquila e confiante”, concluiu.
O evento ocorrerá na sala de treinamentos, com entrada pela guarita da Rua Osvaldo Padovez, a partir das 19h30.
Um pouco de história A palavra doula vem do grego e significa “mulher que serve”. Na década de 70, uma médica antropologista chamada Dana Raphael escreveu um livro sobre amamentação e chamou as mulheres que apoiavam as mães no processo de amamentação de doulas.
Alguns anos mais tarde, Klaus e Kennel, dois pediatras norte-americanos, foram estudar a interação entre mãe e bebê durante o nascimento em um hospital na Guatemala. Uma das estudantes de medicina que os acompanhou durante o estudo falava espanhol e começou a assistir os partos. Ela atuava simplesmente dando a mão para as mulheres que estavam parindo. Depois de algum tempo, os pesquisadores perceberam que os procedimentos dos quais essa estudante tinha participado havia sido mais rápidos e com menos intervenções. Eles replicaram a iniciativa treinando e colocando mais três mulheres como apoiadoras, confirmaram a melhora nos partos e se apropriaram do termo doula para nomeá-las.