Há mais de 40 anos, Marlene Guimarães Alves de Souza se dedica a confeccionar perucas. Com muita habilidade e brilhantismo, ela resgata a autoestima de mulheres, valorizando ainda mais sua beleza.
Disposta a transformar a vida de pacientes oncológicos, possui projeto de doação de perucas em uma Casa de Apoio de Barretos há anos, que lhe rendeu primeiro lugar do prêmio Mulher de Negócios do Estado de São Paulo. Mas, nesta semana, todo este amor ao próximo chegou até Rosalina Antonia da Silva de Souza, de 65 anos, que faz Hemodiálise na Santa Casa.
A história das duas se entrelaçou com os fios da solidariedade e generosidade. A equipe do Hospital quis presentear a paciente com uma nova peruca. “Rosalina está conosco há mais de cinco anos, fazendo sessões três vezes na semana. Ela usava uma peruca que não era de cabelo natural, quando pensamos em nos mobilizar para fazer a doação. Lembramos da Marlene e entramos em contato”, contou a gerente de enfermagem, Neusa Vicente.
À princípio, a ideia dos colaboradores da Instituição era comprar o item. Entretanto, a mesma se sensibilizou com o pleito sem ao menos conhecer a paciente de Hemodiálise. Surgiu então aí o verdadeiro significado de altruísmo.
Marlene preparou a peruca, pensando em todos os detalhes. “Meu coração pediu para fazer isso. Meu pai, Francisco Pedro Alves, fez Hemodiálise na Santa Casa há vários anos e foi muito bem recebido. Fiz uma peruca de corte curto, analisando a praticidade”, afirmou.
A reação de Rosalina valeu a pena. “Eu não tinha muito cabelo e nem imaginava a surpresa. Fiquei muito feliz, me sinto mais linda, melhor”, contou a moradora de General Salgado.
O pagamento foi feito com abraços. “Só conheci a paciente quando trouxe a peruca. Não tem dinheiro que paga ver o sorriso de Rosalina. Isso me motiva a fazer o bem e incentivar outras pessoas”, destacou Marlene.
O provedor da Santa Casa, Luiz Fernando Góes Liévana, enfatizou a atitude. “Esta história nos emociona. Demonstra todo amor, carinho que a equipe da Hemodiálise tem com os pacientes, se envolvendo com cada um e buscando o melhor. Marlene, por sua vez, foi fundamental para a doação, com sua solidariedade. O resultado não poderia ser melhor: a felicidade da Rosalina”, finalizou.