O projeto Alta Responsável da Santa Casa foi implantado em 2012, como dispositivo para articulação dos processos de trabalho das equipes, gestores e redes de atenção à saúde. Quando um paciente internado vai receber alta, uma operação é iniciada. “Existe o envolvimento da equipe multidisciplinar, de Enfermagem, Nutrição, Serviço Social, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Farmácia, Psicologia, Grupo de Curativo, Núcleo Interno de Regulação e médicos. Após constatar as necessidades, entramos em contato com o município de origem, para que monte uma rede de atendimento que supra a demanda do assistido”, contou a equipe do projeto.
De acordo com a equipe, tudo deve estar em consonância entre Hospital e as Secretarias de Saúde. “Elas recebem protocolo com histórico do atendimento e tratamento, com todas as informações necessárias para que este tipo de paciente seja bem cuidado no seu município de origem após a alta hospitalar”, complementou.
Quem ganha com o projeto, sem dúvida, é o assistido. “A família fica mais preparada e com menos resistência para alta hospitalar, aumentando a aproximação e vínculo com equipe/paciente/família, além de uma maior interação com a rede de cuidados. Este processo tem gerado resultados satisfatórios em casos de hipertensos, diabéticos, gestantes e puérperas de alto risco e recém-nascidos vulneráveis”, disse.
A gerente assistencial, Alessandra Zanovelli, destacou o engajamento dos municípios. “O objetivo almejado é garantir a continuidade do cuidado humanizado, diminuir ou contribuir para evitar a reospitalização. Temos conquistado resultados muito satisfatórios, graças à grande rede formada entre as cidades e a Santa Casa”, enalteceu.
O provedor da Instituição, Luiz Fernando Góes Liévana, ressaltou o programa. “A equipe multidisciplinar do Hospital sempre esteve preocupado com a recuperação dos pacientes no pós alta hospitalar, principalmente quando realizadas cirurgias de grande porte. Visando aprimorar o trabalho já existente, a equipe de Humanização decidiu criar um protocolo e implantar em todas as enfermarias. O trabalho em rede traz benefícios aos pacientes e consequentemente seu restabelecimento com maior eficácia”, finalizou.