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SEM INFECÇÃO HOSPITALAR

Santa Casa de Votuporanga implanta protocolo contra sepse

Publicado em: 18 de julho de 2019 às 21:18

SEM INFECÇÃO HOSPITALAR
A Santa Casa de Votuporanga inicia um novo marco em sua história. A Instituição está em fase de implantação do Protocolo Gerenciado de Sepse, uma das principais causas de mortalidade hospitalar.

O Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) é parceiro desta conquista. A coordenadora do Instituto, Dra. Flávia Ribeiro Machado, esteve nesta quinta-feira (18/7) para dar mais detalhes sobre o protocolo.

A sepse, também conhecida como infecção generalizada, é um conjunto de manifestações graves que ocorrem no organismo após uma infeção, causando várias alterações que danificam os órgãos. Essa é uma condição de alta morbimortalidade e, segundo o ILAS, é a principal causa de mortes em Unidades de Terapias Intensivas (UTIs) e de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto agudo do miocárdio e o câncer.

O provedor do Hospital, Luiz Fernando Góes Liévana, destacou a implantação. “Mais uma vez, estamos na frente sempre buscando a humanização dos atendimentos. Somos pioneiros no interior de um protocolo que salvará milhares de vidas. Dra. Flávia é uma autoridade no assunto e fará a diferença na assistência da nossa Instituição”, disse.

O prefeito João Dado enfatizou o tripé do município: Santa Casa, Unifev e Poder Executivo. “Estamos aqui para celebrar esta Instituição que salva vidas. O Hospital é composto de gente generosa, dedicada e deixamos aqui nosso compromisso de que podem sempre contar conosco. ”, falou.

Já o coordenador da rede de urgência e emergência, Dr. Chaudes Ferreira Júnior, explicou como será o protocolo. “Para existir o diagnóstico precoce, é necessária uma abordagem mais rápida possível e da forma correta. Para que isso aconteça, a Instituição precisa estar pronta para receber os pacientes, fazer triagem já no Pronto Socorro ou Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e alas”, enfatizou. O protocolo institui pacotes de atendimento na primeira hora e de duas a quatro horas, colhendo uma série de exames (kit sepse) e acompanhamento em todos os momentos da internação.

O coordenador de Qualidade, Adriano Marques, enalteceu a conquista. “Este é o primeiro protocolo assistencial gerenciado na Instituição dentro de um conjunto de ações de um sistema de melhoria de processos. Fico muito feliz de fazer parte deste time”, afirmou.

Dra. Flávia Ribeiro Machado falou da satisfação. “É um prazer para o ILAS, principalmente quando se trata de instituição sem fins lucrativos como a Santa Casa. Os desafios são maiores, já que atendem a maior parte da população. O nosso foco será na percepção da sepse e como reduzir a mortalidade, com programa de melhorias”, finalizou.

Mais sobre sepse

No Brasil, é responsável por uma alta mortalidade, chegando a 65% dos casos, enquanto a média mundial gira em torno de 30 a 40%. De acordo com estudo Promoting Global Research Excellence in Severe Sepsis (Progress), a mortalidade no Brasil é maior do que em países como Índia e Argentina.

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