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ENDOMETRIOSE: cuidados

O médico ginecologista, Dr. Julio Manuel Santis Garcia, explicou a doença

Publicado em: 31 de outubro de 2019 às 18:18

Sensibilidade à flor da pele e vontade grande de comer doce são sentimentos comuns durante o período menstrual. Mas para as 10% das mulheres brasileiras esse momento é um tormento, por causa das fortes dores de cólica que aumentam nesses período por causa da endometriose. A endometriose é uma doença inflamatória que ataca o tecido do útero, os ovários, a bexiga e até o intestino. O médico ginecologista, Dr. Julio Manuel Santis Garcia, explicou a doença. “É a presença do tecido da camada interna do útero, aquela que se escama e produz sangramento menstrual, em outras partes da cavidade abdominal, por exemplo, ovários, bexiga, reto, ou em locais distantes como fígado ou diafragma”, disse. Ele destacou que as mulheres mais acometidas pela doença estão na faixa etária entre 25 a 40 anos. “Os fatores de riscos são: histórico familiar de endometriose, paciente com índice corporal baixo, pacientes que nunca engravidaram ou que menstruaram cedo, além daqueles que consomem álcool e café em excesso”, afirmou. Sintomas Os sintomas da doença podem surgir na adolescência como cólica menstrual forte, dores durante a relação sexual, entre as menstruações, ao defecar e ao urinar, sangramento na urina ou nas fezes e infertilidade. “As mulheres se queixam de dor pélvica, progressiva e a infertilidade”, destacou. Infertilidade Hoje, a maior causa de infertilidade é a endometriose. A instalação da doença nos ovários pode provocar o aparecimento de um cisto denominado endometrioma. Este cisto pode atingir grandes proporções e comprometer o futuro reprodutivo da mulher. O diagnóstico e tratamento precoce são importantes para prevenir a infertilidade. “É importante destacar que nem todas as mulheres que têm a doença não podem ter filhos. Ou seja, as mulheres afetadas pela doença fazerem o tratamento correto”, esclareceu. Diagnóstico Na maioria dos casos, o diagnóstico clínico-ginecológico é suficiente, permite iniciar o tratamento e manter o acompanhamento da mulher a fim de avaliar a resposta terapêutica. “A escolha do tratamento deve levar em consideração a gravidade dos sintomas, a extensão e localização da doença, o desejo de gravidez, a idade da paciente, efeitos adversos dos medicamentos e complicações cirúrgicas”, afirmou. Tratamento O tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico, ou ainda a combinação desses. Mulheres mais jovens podem utilizar medicamentos que suspendem a menstruação. Lesões maiores de endometriose, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente.
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