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Médico da Santa Casa orienta sobre a dengue

Ernesto José Hoffmann fala dos riscos da doença e quais formas de tratamento

Publicado em: 31 de janeiro de 2020 às 08:26

Médico da Santa Casa orienta sobre a dengue
O município de Votuporanga está passando por uma epidemia de dengue. Com uma grande quantidade de pessoas apresentando os sintomas, o Sansaúde conversou com o médico de família e comunidade, Dr. Ernesto José Hoffmann que explicou quais são os riscos de complicações da doença e quais formas de tratamento.

De acordo com o médico, os sintomas da dengue são febre alta (entre 39º a 40º c) que inicia subitamente e que pode durar de dois a sete dias. “As pessoas também podem apresentar dor de cabeça de forte intensidade; náuseas e vômitos; cansaço, moleza e dor no corpo; e pode ter dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos, bem como podem surgir manchas na pele e coceira no corpo. Alguns casos também podem apresentar diarreia”, explicou.

Hofmann também alertou sobre as pessoas que já pegaram dengue e contraem a doença novamente. “Nestes casos, pode-se aumentar os riscos de complicações. Precisamos entender que atualmente conhecemos quatro tipos diferentes de vírus da dengue, e, até onde se sabe, após pegar um dos tipos, adquirimos imunidade permanente para aquele vírus, porém apenas temporária para os outros. Acredita-se que ao se pegar pela segunda vez, a resposta imunológica do nosso corpo (ou seja, as nossas defesas do organismo) atacam de uma forma aumentada o vírus, causando mais destruição de células importantes para seu bom funcionamento e assim causam um desarranjo no equilíbrio do mesmo”.

A complicação mais importante da Dengue é a Dengue Hemorrágica (ou Febre Hemorrágica da Dengue). “A princípio, a Dengue clássica e a Hemorrágica começam do mesmo jeito; no entanto, a partir do terceiro ou quarto dias de doença, ela começa a ter manifestações no corpo que sugerem que ele poderá sangrar com mais facilidade. É a Dengue Hemorrágica que pode matar as pessoas, por isso esse acompanhamento deve ser feito muito de perto pelas equipes de saúde e do paciente que perceber qualquer sinal de sangramento”, explicou.

A orientação é que para quem tiver alguns dos sintomas, procure imediatamente um atendimento médico. “O atendimento pode ser feito através de consultas ambulatoriais, nas unidades básicas de saúde, ou no Pronto-Socorro. É importante as pessoas entedam que, uma vez que estamos tendo muitos casos de Dengue, os serviços de saúde têm tido uma procura maior que a de costume. Por isso mesmo, se a pessoa tiver os sintomas mas esteja conseguindo alimentar e beber líquidos bem, que não sinta cansaço excessivo, tontura ou sinais sugestivos de Dengue Hemorrágica, que busque atendimento em outros serviços que não os de Pronto-Socorro, deixando este para os casos de maior gravidade, pois desta forma todos poderão ser melhor atendidos”, disse o médico.

De acordo com o médico de família e comunidade, a parte mais valiosa do tratamento é a hidratação, tanto para se sentir melhor quando estiver doente, quanto para amenizar efeitos de possíveis complicações do quadro. “É importante seguir as orientações passadas pelo médico e pela equipe de saúde sobre o quanto de soro e o quanto de água deve ser bebido; a princípio parece ser muito líquido, mas é tão importante para a recuperação dos sintomas quanto os remédios. Caso esteja sentindo muito mal pelo quadro de dor ou febre, ou ainda pela coceira, é importante falar para o médico para que o mesmo lhe prescreva medicações para amenizar tais sintomas”.

“É de suma importância sabermos que todos estes casos de Dengue que estão por aí tem muito de nossa própria responsabilidade. Muito melhor do que tratar a Dengue, é evitar que ela aconteça, e por isso, nunca é demais evitarmos os focos de mosquito em nossas casas e quintais, acabando com os locais onde possa se acumular água parada. Receba bem os profissionais da área de saúde que fazem a vistoria em suas casas; lembrem-se que eles estão ali para ajudar. É importante ainda avisar as autoridades, caso você localize potenciais focos em seu bairro, vizinhança ou comunidade”, finalizou.




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