Mãe de primeira viagem ou não, ao descobrir a gravidez, a cabeça é inundada de dúvidas. E no caminho de elucidar cada uma das questões que surgem nos nove meses – e não são poucas! -, o obstetra se torna muito próximo da gestante. Mais que monitorar a agenda de exames da mulher, este médico é também responsável por orientar tudo que acontece até o pós-parto.
A Santa Casa de Votuporanga realizou uma live nesta terça-feira (16/3), com o médico ginecologista e obstetra, Dr. Ricieri Yoshizaki. Com uma hora de duração, ele esclareceu os principais questionamentos do público.
Dr. Ricieri explicou sobre um dos momentos mais aguardados das mamães: ouvir o coração do bebê. “Tem duas situações: na escuta pelo ultrassom, normalmente entre seis e sete semanas. No consultório com um aparelho e varia bastante em torno de 11,12 e 13 semanas, conseguimos mostrar o batimento”, afirmou.
Dor na gestaçãoEle acalmou as mamães quanto às dores. “Precisa distinguir de causas anormais, mas na maioria das vezes é o crescimento de útero comprimindo as estruturas da pelve”, falou.
Dor de dentePara casos de dor de dente, o médico orientou consulta. “As grávidas apresentam alterações e, entre elas, hipersensibilidade da gengiva. Deve procurar dentista, fazer acompanhamento e, se necessário, procedimento faça com tranquilidade. Qualquer dúvida, peça para entrar em contato com seu médico”, disse.
Tingir os cabelosO médico ressaltou que a parte estética é importante. “Luzes são recomendados um centímetro da raiz e do couro cabeludo. Tintura, escova progressiva e alisamento não são permitidos, devido à segurança dos produtos utilizados”, orientou.
InchaçoO inchaço é uma das queixas principais da gestação. “Entre 80 a 90% das grávidas irão apresentar em algum momento. Na medida do possível, fala repouso, com a perna elevada uma hora de manhã e uma a tarde, evitar ficar muito sentada e uso de meias compressoras. Também há medicações que podem ser utilizadas”, destacou.
VitaminasO uso de vitaminas deve permanecer entre dois a três meses após o parto.“Depende também de cada paciente, mas é importante também continuar com o Ferro”, afirmou.
Dor de cabeça após cesáreaDr. Ricieri explicou que existe recomendação que, após o parto, a mulher não levante a cabeça por conta da anestesia. “Deve ficar deitada por mais oito horas, para evitar a cefaleia após-raque. Hoje é mais raro de ocasionar essa dor por conta dos instrumentos utilizados”, disse.
COVID-19O médico falou sobre o atual cenário. “Ainda não temos muitas respostas. As recomendações são de que a grávida seja tratada como uma paciente normal, apesar de nós, obstetras, não concordarmos com isso. Esperamos que as gestantes entrem na lista de prioridades de grupo de risco para a vacina, quando tivermos uma disponibilidade maior de doses. Na minha opinião, imunizem-se sim, pois a proteção é maior que o risco”, finalizou.