Dor de garganta, nariz escorrendo, febre, espirros e tosse. Em casos mais graves, desconforto respiratório e baixa oxigenação sanguínea (hipoxemia). Esses são sinais típicos de possíveis infecções virais que se tornam motivos de preocupações de pais e responsáveis pelas crianças.
A médica pediatra do SanSaúde, Dra. Regina Celi Esteves Gomes, explicou que doenças virais popularmente chamadas de viroses são comuns nos bebês em fase de amamentação, crianças e adolescentes até 12 anos. “Seu sistema imunológico ainda se encontra em fase de desenvolvimento e amadurecimento, o que os torna mais susceptíveis a esse tipo de infecção, que se espalha rapidamente”, disse.
Diante dessa vulnerabilidade, os milhares de vírus atingem principalmente o aparelho respiratório e o trato gastrointestinal. O aumento de casos se dá pela volta às aulas; crianças que frequentam creches, principalmente após um período de isolamento – pela pandemia do COVID-19, retorno ao convívio social; mudanças climáticas e estação do ano.
As viroses mais recorrentes são as que afetam as vias aéreas superiores (fossas nasais, laringe e faringe) e causam doenças como amidalite, otite, faringite, sinusite e resfriados. Já bronquiolite e pneumonia atingem as vias aéreas inferiores (traqueia, brônquios e pulmões).
TransmissãoDra. Regina explicou que a transmissão ocorre principalmente através de gotículas eliminadas pela boca e nariz de pessoas doentes e também pela falta de higienização das mãos após troca de fraldas, manipulação de chupetas, mamadeiras, objetos e alimentos. Locais de pouca ventilação também são facilitadores.
SintomasOs sintomas podem ser respiratórios como: coriza, congestão nasal, tosse, espirros, febre, lacrimejamento ocular, dor de garganta e desconforto respiratório. Também há sinais gastrointestinais como náuseas, vômitos, diarreias, dor abdominal e que podem levar a desidratação. Ainda os que causam lesões avermelhadas na pele (exantema).
Quanto tempo duraA virose dura em torno de sete a 10 dias.
Quando procurar atendimentoOs pais devem procurar médico quando a criança tem febre persistente, não se alimenta ou ingere líquidos, apresenta prostração, cansaço, desconforto respiratório, vômitos e/ou diarreia, com sinais de desidratação, boca seca e pouca diurese.
TratamentoO tratamento varia de acordo com os sintomas, devemos manter uma boa hidratação, com ingestão de água, alimentos saudáveis, limpeza nasal com frequência, controle da febre com antitérmicos e medicação para vômitos e diarreia se necessários e repouso.
PrevençãoA médica pediatra frisou que a prevenção é possível com cuidados básicos de higiene como: lavagem das mãos, uso de álcool em gel após trocar as fraldas, antes de preparar mamadeiras e alimentos, manipular chupetas, higienizar objetos, além de manter o ambiente limpo, ventilado e arejado. “É importante evitar o contato com pessoas doentes, ingerir bastante líquido e se alimentar bem. Mantenha também a carteira de vacinação do seu filho em dia”, finalizou.