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O que é a fadiga menstrual e o que fazer

Médico explica as razões pelas quais as mulheres se sentem mais cansadas

Publicado em: 25 de dezembro de 2023 às 16:19

Lidar com o fluxo dos hormônios femininos durante todo o mês não é fácil. Somente isso é suficiente para que muitas mulheres sofram com cansaço e outras mudanças no organismo. Porém, existe uma época em que essa ‘luta’ com o próprio corpo aumenta: o período menstrual. Às vezes, nesse momento, o esgotamento é tanto a ponto de a mulher não ter energia para trabalhar ou fazer as atividades cotidianas. Esta sensação é chamada de fadiga menstrual.

Juntamente com mau humor, inchaço e dores de cabeça, a fadiga menstrual é um dos sintomas que vêm com a menstruação. O ginecologistaPatrick Bellelis, colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo,explica que o cansaço excessivo é comum e ocorre por uma série de razões ligadas ao organismo.

Segundo Bellelis, algumas causas para a fadiga menstrual não são controláveis, mas outras podem ser evitadas ou amortecidas. “Nosso corpo costuma reagir à forma como o tratamos. Se não ingerimos as vitaminas necessárias e não damos a ele o devido descanso, ele irá reclamar. Uma alimentação rica em nutrientes é recomendável para qualquer pessoa durante todo o mês, mas para as mulheres é ainda mais importante, especialmente durante a menstruação”, afirma o médico. Ele defende, ainda, o acompanhamento médico.

A seguir, o especialista traz os principais motivos que levam à fadiga menstrual. Entenda:

Baixos níveis de estrogênio –Nesse período, ocorre a diminuição do estrogênio, o hormônio sexual feminino. Essa alteração provoca parte dos sintomas da síndrome pré-menstrual, ou tensão pré-menstrual, a TPM. Os sintomas podem durar até que os níveis comecem a subir novamente, já no final da menstruação.



Sangramento intenso -O sangramento uterino anormal, ou até mesmo um sangramento mais intenso, também pode provocar fadiga. Suas causas podem ser miomas, pólipos ou desequilíbrio hormonal. Este último pode levar a um desenvolvimento excessivo do endométrio (tecido que reveste o útero e se desprende durante a menstruação), resultando em sangramentos menstruais mais fortes.



Anemia -É uma condição na qual o corpo carece de glóbulos vermelhos saudáveis ??que ajudam a transportar oxigênio para outros tecidos do corpo. A anemia pode ser causada por sangramento excessivo ou ingestão inadequada de ferro.

Dieta pouco saudável -Comer alimentos pobres em nutrientes também pode levar à fadiga menstrual. É melhor ingerir comidas ricas em ferro, proteína, ômega-3, magnésio e cálcio, com propriedades anti-inflamatórias.


Dormir mal -Tendemos a subestimar o quanto o sono afeta nossa saúde. Dormir mal pode contribuir para a fadiga menstrual e aumentar o risco de doenças cardíacas, pressão alta, diabetes, derrame, obesidade e depressão. Embora a dor e as mudanças de humor possam atrapalhar o horário de sono, é importante tentar tirar uma soneca sempre que possível.


Clínica Bellelis - Ginecologia


O ginecologistaPatrick Bellelisé Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC; especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); além de ser especialista em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da USP. Possui ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intrauterinas e infertilidade. Fez parte da diretoria da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) de 2007 a 2022, alémde ter integrado a Comissão Especializada de Endometriose da FEBRASGO até 2021.Em 2010, tornou-se médico assistente do setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da USP; em 2011, tornou-se professor do curso de especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva — pós-graduaçãolato sensu, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês; e, desde 2012, é professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica (IRCAD), do Hospital de Câncer de Barretos.



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