Cheques de Votuporanga são apreendidos com suspeito de golpe em Rio Preto

A Polícia Civil apreendeu ontem pela manhã aproximadamente 150 folhas de cheques roubadas e furtadas em uma casa no bairro Jardim Nunes, em Rio Preto. Duas pessoas foram presas. De acordo com Paulo Grecco, delegado do Grupo de Operações Especiais (GOE), havia 60 dias que José Carlos da Silva, 44 anos, estava sendo investigado pela venda dos cheques. “Conseguimos surpreendê-lo enquanto ele entregava alguns cheques para outra pessoa. Em buscas na casa, conseguimos encontrar mais talões e cerca de R$ 3 mil em dinheiro, tendo, inclusive, alguns dólares”, afirma o delegado. Segundo as investigações, cada folha de cheque era vendida por R$ 20. Além de folhas furtadas e roubadas, tinham também algumas pertencentes a contas bancárias que não existem mais. Os cheques, alguns preenchidos e outros em branco, eram, na maioria, de agências das cidades de Votuporanga e Potirendaba. Ainda segundo Grecco, o comprador dos cheques, Jones César Pereira Porto, 55, já era conhecido da polícia por ter envolvimento com jogos de azar. “Já apreendemos com ele máquinas caça-níqueis. Em buscas na casa dele, no bairro Jardim Veterozzo, encontramos componentes eletrônicos usados nesse tipo de jogatina. O material também foi apreendido”, lembra. Em depoimento à polícia, Silva explicou que comprava os cheques em São Paulo, que eram entregues em sua residência por malote. Os dois acusados foram levados para a Delegacia Seccional, onde prestaram depoimento e, depois, foram encaminhados para a carceragem da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). Como a dupla não foi flagrada repassando as folhas de cheques, o que seria estelionato, eles responderão por receptação. Talhado Na tarde de sábado, trabalhadores rurais encontraram 138 malotes com aproximadamente mil cheques em um canavial no distrito de Talhado. De acordo com o delegado do 3º Distrito Policial, Luis Alberto Bovolon, os malotes foram furtados de uma empresa de valores na semana passada, em Mendonça. “Os cheques já estavam todos compensados e, por isso, não tinham valor algum”, afirma o delegado. Todas as folhas serão devolvidas à empresa que foi alvo dos ladrões. (Simone Machado - Diário da Região)