Patrimônio histórico de ferrovia vira mocó em Jales
Patrimônio histórico de ferrovia vira mocó em Jales
Publicado em: 31 de outubro de 2012 às 18:03
Exatamente dois meses depois de mostrar que o prédio da antiga Estação Ferroviária de Jales estava dominado por mendigos, usuários de drogas e lixo, o jornal A Tribuna registra que a situação só vem piorando desde então. Agora os desocupados estão tomando outras partes do complexo. Registro fotográfico mostra invasores nos galpões onde funcionavam os armazéns e depois uma incubadora de empresas que foi desativada pela Prefeitura. O local é símbolo histórico do desenvolvimento da região e já foi um pujante e movimentado ponto de circulação de pessoas e cargas. Lá também funcionou uma Incubadora de Empresas. Porém, está abandonado a própria sorte desde que o prefeito Humberto Parini (PT) determinou a transferência do projeto para um galpão ao lado do antigo Pronto Socorro, nas proximidades da Vila União, há cerca de dois anos. Até então, os galpões do armazém e um pequeno anexo abrigavam nove empresas que geravam empregos e renda. Eram empresas de vários setores, como implementos agrícolas, marcenaria, fabricação de pizzas, painéis, gesso, calhas e jato de areia. Um empresário que foi obrigado pela Prefeitura a deixar a área disse informalmente ao jornal A Tribuna que, “sem dúvida, o espaço estava melhor ocupado com os empresários do que com os desocupados”. A tendência, caso ninguém interrompa o processo de ocupação, é que o local se torne uma pequena favela, já que a reportagem também apurou que até os vagões estão sendo invadidos por desocupados. No final de agosto, o Sindicato dos Ferroviários da Alta Araraquarense fechou a sua única subsede regional por falta de segurança e condições de atendimento no local. Na ocasião, o presidente da entidade atribuiu a medida à falta de atitude da Prefeitura, responsável pelo local. “Não tem outra alternativa. Fomos invadidos várias vezes e foram levados alguns objetos. O pessoal tem até medo de ficar aí na estação. Tá uma coisa muito feia. Eu atribuo isso a falta de cuidado da Prefeitura, porque é um bem público, um patrimônio, que se fosse bem conservado, ficaria muito bonito”. O chefe de gabinete do prefeito Humberto Parini, Léo Húber, confirmou que o local está sob a responsabilidade da Prefeitura e disse que foi informado sobre as invasões pela Secretaria de Promoção Social. A pasta já estaria fazendo um levantamento real da ocupação irregular para, então, tomar providências. “Vamos pedir para alguém dar uma olhada, mas a situação é difícil porque teria que lacrar, mandar uma ordem de despejo e ainda assim, não tem como vigiar sempre”. Ainda segundo ele, os galpões estão dentro do que foi passado em comodato para a Prefeitura pelo Setor de Patrimônio da União, mas ainda não houve a transferência de escritura do imóvel, o que impossibilita “uma intervenção mais forte”, disse Húber. (A Tribuna)
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