Hamilton Pavam
Trecho de carta do “PCC” encontrada em um orelhão de Rio Preto As polícias civil e militar de Rio Preto descartaram a hipótese de uma carta encontrada abandonada, no último dia 23, ter sido escrita por algum membro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A carta estava em um orelhão na esquina das avenidas Menezes e Antônio Antunes Junior, no Solo Sagrado, zona norte de Rio Preto.
De acordo com o coronel Azor Lopes da Silva Junior, um suspeito está sendo investigado como sendo o autor da “brincadeira de mau gosto”. “Um rapaz ligou para o 190 e disse que deixaria a carta no local e que no texto estariam os nomes dos policiais alvos”, afirma o coronel. “Quem quer atacar não faz comunicado. Nós investigamos o caso e se trata de um trote”, acrescenta o major Luiz Roberto de Oliveira Vicente.
A carta foi encaminhada para a Polícia Civil, que também investiga o caso. “O serviço de inteligência está apurando, mas tudo indica não ser verídica”, diz o delegado Paulo Grecco, do Grupo de Operações Especiais (GOE). No comunicado, o autor cita o nome de 23 policiais, entre militares e civis. Entre os que foram lembrados, está Rogerinho, investigador da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). Interrogado sobre o assunto, o policial preferiu não se manifestar.
Outro nome que também apareceu na relação é o do tenente Lenarduzi. O militar ficou surpreso ao saber da informação e disse desconhecer a carta. “Acabei de ficar sabendo disso por você”, afirmou à reportagem. Esta foi a segunda carta atribuída ao PCC apreendida pela polícia no mês passado.
No último dia 19, no entanto, foi aprerendida uma carta verdadeira. Seis homens presos pelo Departamento de Investigações Sobre Narcóticos (Denarc), em Rio Preto, planejavam atentados contra policiais militares. Com um deles, a polícia apreendeu uma carta da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) ordenando os ataques contra PMs de Rio Preto e Mirassol. (Simone Machado -Diário da Região)