Opção de lazer preferida e acessível durante prolongados finais de semana, as prainhas que esperam receber 65 mil pessoas entre sexta e domingo na região de Rio Preto viraram sinônimo de perigo e preocupação. Desde janeiro do ano passado até outubro último, foram 83 mortes por afogamento.
Levantamento feito pela reportagem do Diário mostra que a infraestrutura não é o forte das administrações nesses locais. Apenas em cinco em 13 prainhas (11 públicas e duas particulares) existe serviço de salva-vidas. Nas demais, prefeituras surfam na onda da legislação omissa, que só exige esse profissional em piscinas públicas.
Na maioria delas, o fluxo de pessoas nos finais de semana ultrapassa 3 mil, e em feriados prolongados, como agora, a média de visitantes chega a 5 mil.Com muitos visitantes e pouca ou nenhuma fiscalização, as prainhas se transformam em territórios sem leis.
O afogamento é a ocorrência mais recorrente nestes locais. Em 2011, no ano inteiro, o Corpo de Bombeiros registrou 40 mortes por afogamento. Em 2012, de janeiro a outubro, já são 43 mortes. Segundo o tenente Orival Santana Junior na maioria dos casos o afogamento acontece com pessoas que sabem nadar, mas bebem muito e se arriscam demais.
Em todas as prainhas da região de Rio Preto, as prefeituras informaram que disponibilizam sinalização de segurança, como bóias indicando o limite para banhistas e locais proibidos para mergulho. Mas o tenente lembra que a ingestão de bebida alcoólica pode prejudicar o banhista ou pescador sobre o perigo que corre. “Os adultos que fizerem ingestão de bebidas alcoólicas, fazê-lo moderadamente. Dessa maneira, não terá congestão, nem perderá o equilíbrio, tampouco a lucidez.”