Leidiane Sabino leidiane@acidadevotuporanga.com.br A ETE (Estação de Tratamento de Esgotos) “Antônio Aparecido Polidoro”, de Votuporanga, começou a funcionar no dia 11 de novembro de 2011, sob a coordenação da Saev Ambiental (Superintendência de Água, Esgotos e Meio Ambiente de Votuporanga). Ela completa um ano com um importante fator para comemorar, O IQA (Índice de Qualidade da Água) do córrego Marinheirinho, que era de 20 pontos antes do início da operação do tratamento, agora é de 51 pontos, o que é considerado muito bom, de acordo com o professor doutor Tsunao Matsumoto, que apresentou laudos técnicos na manhã de ontem. Na primeira coleta, o IQA estava em torno de 20, numa escala de 0 a 100, indicando a péssima situação do córrego. Com o início de tratamento, numa segunda coleta, o IQA passou para 51, nível considerado regular/bom. O IQA ideal de um córrego gira em torno de 60, número que o Marinheirinho deve atingir nos próximos anos. Tsunao Matsumoto disse que a ETE de Votuporanga funciona hoje com 80% de eficiência de tratamento. “Assim que o detrito é consumido, a qualidade da água melhora, mas este é um processo longo. Foram muitos anos poluindo e para recuperar vai levar tempo”, disse. A Saev ofereceu ontem um café da manhã, às 9h30 e apresentou dados do primeiro ano de funcionamento da ETE. Além do superintendente, Marcelo Marin, Zeitune, e do secretário de Meio Ambiente, geólogo Gustavo Gallo Vilela, também estavam presentes funcionários da autarquia e os vereadores Osvaldo Carvalho e Osmair Ferrari. Para comprovar a eficácia do sistema de tratamento e descarte da água no Córrego Marinheirinho, químicos da autarquia e engenheiros da Fundação de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unesp de Ilha Solteira monitoraram a qualidade das águas nas proximidades do corpo receptor de esgotos, um ano antes do início do tratamento e também ao longo dos 12 últimos meses de tratamento. O manancial sofreu por 40 anos o processo de degradação, que extinguiu qualquer sinal de vida aquática, devido ao despejo do esgoto sem tratamento. Este monitoramento é fundamental para atestar a influência do tratamento na qualidade da água. Segundo o engenheiro Aldo Takao Okoti, que acompanhou a construção da ETE, esta foi uma das maiores obras de Votuporanga, que hoje funciona com muita eficiência. “Tirar a fonte poluidora gera significativos ganhos ambientais”. Para Gustavo Gallo Vilela, a ETE tem uma importância regional imensa. O balanço mostrou resultados positivos: toda a extensão do Córrego Marinheirinho está recuperada, registrando a presença de vida aquática; o índice de oxigênio na água passou de 0 mg/l para 9,8 mg/l no trecho onde o esgoto era despejado. A taxa de oxigênio recomendada deve estar acima de 5 mg/l. Seguindo exigência da Cetesb, as análises vão continuar coordenadas pela equipe da autarquia. A construção em curva de nível barateou a obra da ETE. Além disso, como o esgoto chega até a estação por gravidade, o gasto com energia elétrica cai em torno de 40%. A única despesa para manter a ETE é com a energia, de R$600 a R$1.000 por mês.