Polícia e Prefeitura removem andarilhos de praça de Votuporanga
Polícia e Prefeitura removem andarilhos de praça de Votuporanga
Publicado em: 10 de novembro de 2012 às 06:54
A aglomeração da população de rua na Praça da Matriz de Votuporanga tem preocupado os órgãos responsáveis pelo acolhimento destas pessoas. Amélia Marques Nunes (Amelinha), assistente social da Comunidade Assistencial irmãos de Emaús, conhecida como Casa Abrigo, explicou que tanto a entidade como outros órgãos do município estão atuantes e buscam soluções para este problema, que depende da vontade de quem está na rua. Amelinha contou que pessoas, grande maioria com problemas com o uso de bebida alcoólica, se aglomeram na Praça há algum tempo e começaram a incomodar abordando quem passa pelo local. “Alguns não aceitam não como resposta e começam a ameaçar. Eles dormem lá, sujam a praça e fazem suas necessidades fisiológicas por lá”, contou. Essa sujeira na Praça e a abordagem têm gerado denúncias. Algumas pessoas procuram a Casa Abrigo pedindo providências. Como estas pessoas adotaram a praça como moradia, dominando o território e ameando quem passa, elas tiram o direito de ir e vir dos moradores da cidade. “Isso não pode acontecer”. Esta escolha pela praça, segundo a assistente social, não é por falta de política pública de atendimento. “O município conta com a Casa Abrigo, com a participação da igreja e da Secretaria Municipal de Assistência Social, o Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e o Caps AD. A cidade tem serviços a favor, mas para algumas pessoas, que preferem ficar nas ruas, estes serviços não servem”, contou. Para Amelinha, um grupo pequeno, de aproximadamente 10 pessoas, tem vencido o trabalho dos órgãos público. Na manhã de ontem, a Polícia Militar realizou uma ação e retirou cinco pessoas da Praça da Matriz. Uma mulher, aparentando não estar bem de saúde, foi encaminhada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Dois homens foram para a Casa Abrigo e aceitaram ficar por lá e outros dois encaminhados para os seus familiares. “A família também não é omissa, ela quer a pessoa de volta, desde que se prontifique a melhorar”, falou Amelinha. A PM deve continuar esta ação por alguns dias. A permanência na Casa Abrigo é por vontade própria. Lá, são oferecidos trabalhos de reintegração social, familiar e atividades de laborterapia (execução dos trabalhos da casa). Para quem vive lá, não é permitido o uso de álcool e drogas. Para quem quer uma internação, a entidade consegue por meio de parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. “Aqueles que chegam até a Casa Abrigo com o objetivo de reestabelecimento ou possibilidade de reabilitação, permanecem. Tem muitos casos positivos, mas tem aqueles que não conseguem ficar sem beber. A entidade também faz o trabalho de reintegração com a família”, ressaltou Amelinha. Para Amelinha, a Atividade Delegada, que será realizada em breve no município, numa parceria entre a Prefeitura e Polícia Militar, onde o policial militar irá trabalhar na segurança da cidade em seus dias de folga, deve ser uma solução para este problema. “Estando o policial na Praça, essa população de rua deve se dispersar”. “Esse pequeno grupo precisa ser controlado para que Votuporanga não tenha população de rua como das grandes cidades, que não sabem o que fazer com isso. Estamos preocupados”, finalizou Amelinha. Para mais informações: 3421-6918. (Leidiane Sabino - A Cidade)
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