Começo de ano é tempo de conquistar novo emprego e mudar de vida
Começo de ano é tempo de conquistar novo emprego e mudar de vida
Publicado em: 24 de janeiro de 2013 às 07:14
Para quem está em busca de um novo emprego, este pode ser o melhor momento. Segundo a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo, os dois primeiros meses do ano são interessantes para conquistar uma vaga no mercado, principalmente por que agora são aprovados os investimentos das empresas. O Sistema Nacional de Emprego (Sine) informa que existem 180 mil vagas disponíveis no Brasil. O programa Emprega São Paulo/Mais Emprego ofereceu, na primeira quinzena deste mês, mais de 170 vagas na região de Rio Preto.
No entanto, a decisão de mudar de emprego requer atenção e zelo. A troca envolve fatores complexos, que podem incluir mudança de cidade, alterações da rotina familiar e desgaste emocional. “A mudança pode gerar muita ansiedade. Nesse cenário, é preciso pesar os pós e os contras”, afirma a psicóloga Ana Monachesi. Segundo ela, atualmente existe um perfil de colaborador que espera que a empresa se adapte a ele. “Isso não é real e ocasiona a autorrotatividade”.
Outro ponto que deve ser avaliado é o tipo de estresse a que o profissional está exposto no dia a dia devido à sua função. Também é preciso entender que todo emprego gera estresse e pressão. “O ideal é aprender a lidar com as diferenças e, principalmente, com o relacionamento interpessoal. Estamos em uma época em que tudo é descartável. Assim, é preciso pensar em qualificação, que consequetemente resulta em sucesso profissional.”
Mais uma ação que deve ser avaliada é se o colaborador está procrastinando atividades do cotidiano, assumindo várias funções. Ele fica tão tenso com a rotina ou desmotivado que trata o trabalho como um fardo, como algo muito difícil. “As pessoas não devem exergar o emprego como um lugar onde apenas se consegue o sálario para pagar as contas do mês. É preciso ser feliz, realizado. Se você já acorda sem motivação ou sem vontade de ir para a empresa, isso sinaliza que algo está errado”, diz Ana.
A psicóloga e consultora em recursos humanos Silvana Parreira de Jesus afirma que o colaborador insatisfeito com o emprego precisa avaliar se o problema é com a função, a empresa ou o salário. E, após essa avaliação, tomar atitudes. “Especializar-se na área é importante para crescer profissionalmente, adquirir promoções ou ter uma nova oportunidade em outra empresa”, sugere Silvana.
Pedir aumento ou uma promoção também é algo delicado. Kátia Ricardi de Abreu, psicóloga especialista em análise transacional, afirma que existem aumentos já determinados por lei, que são os dissídios das categorias profissionais. Além disso, por ocasião do contrato de trabalho, os reajustes já deveriam ser negociados. Se tiverem data base de janeiro, tornam-se automáticos e evitam uma série de desgastes.
A especialista alerta que pedir aumento ou promoção só porque virou o ano não é uma boa ideia. “Ambos devem ter como argumento os resultados do desempenho do colaborador, não o calendário. Caso a empresa esteja se reestruturando por causa da virada do ano, isso vai partir da própria empresa. O colaborador que tem desempenho satisfatório não precisa pedir aumento ou promoção. Ele é tão importante para a empresa que ela vai fazer, dentro de suas possibilidades, tudo que puder para retê-lo em seu quadro de colaboradores.”
Se a empresa não propõe essa promoção ou aumento salarial, o colaborador deve primeiro questionar o seu próprio desempenho. “Em seguida, deve fazer uma pesquisa de mercado e verificar sua empregabilidade. E, por último, negociar com a empresa. Porém, nunca deve se leiloar, dizendo que está saindo se não lhe pagarem mais ou não lhe derem determinado cargo. Este tipo de atitude é deselegante.”
Empresas buscam os qualificados
Segundo a Associação Brasileira de Recursos Humanos, uma pesquisa trimestral da Panorama Global dos Negócios descobriu que a maior preocoupação dos CFOs (Chief Financial Officer) é atrair e reter funcionários qualificados. De acordo com Klenio Barbosa, professor de economia da FGV e codiretor da pesquisa Global Business Outlook, há um descompasso entre as necessidades das empresas e as habilidades dos trabalhadores.
A associação ainda defende em um artigo a importância de os estudantes aproveitarem a época de férias para buscar uma colocação no mercado. Para a instituição, independentemente da área de atuação escolhida, os cursos extracurriculares são grandes aliados para turbinar o currículo. Uma dica é participar dos treinamentos sobre mercado de trabalho e empregabilidade.
Kátia Ricardi de Abreu, psicóloga especialista em análise transacional, diz que o colaborador ou estudante precisa descobrir quais pontos necessita fortalecer. “Deve procurar cursos ou os meios de fortalecimento de seus pontos fracos, que geralmente estão mais voltados para as competências comportamentais”.
A especialista afirma ainda que existem casos em que a demissão é a melhor saída. “É sensato, para que a pessoa dê a ela mesma a oportunidade de recomeçar em outra empresa que a valorize ou que lhe dê condições mais saudáveis de produzir”, diz.
(Francine Moreno - Diário da Região)
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