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Água de fontes da região está contaminada com metais pesados

Água de fontes da região está contaminada com metais pesados

Publicado em: 24 de abril de 2013 às 12:58



Fonte de captação da maior parte da água potável consumida na região, o aquífero Bauru apresenta índices de nitrato, cromo e chumbo, todas substâncias cancerígenas, acima do limite tolerável em 17 municípios do Noroeste paulista, inclusive Rio Preto. É o que aponta relatório da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) divulgado nesta semana, com base em dados coletados em 2012.



Em nove cidades, foi constatado mais de 5 miligramas de nitrato, substância decorrente da decomposição de matéria orgânica, por litro d’água no aquífero, o que indica contaminação do lençol e é considerado pela Cetesb acima do valor máximo permitido, ainda que dentro do padrão de potabilidade definido pelo Ministério da Saúde, que é de dez miligramas por litro. Em Rio Preto, o índice foi de 9,14 miligramas. Já em Jales, a medição acusou 11,3 miligramas, o que traz riscos à saúde, incluindo câncer no aparelho digestivo.



“As empresas de saneamento acompanham semanalmente a qualidade da água que retiram do subsolo. Mas há muitos poços artesianos que captam água no Bauru construídos clandestinamente, sem controle algum da água”, diz o químico da Cetesb em Rio Preto, Paulo José de Figueiredo.

Para a Cetesb, a alta concentração de nitrato na água da região é decorrente do uso de fertilizantes agrícolas da região. “Nas duas últimas décadas houve grande aumento das áreas cultivadas, onde o uso intensivo de fertilizantes nitrogenados (...) tem favorecido o aparecimento de nitrato nas águas subterrâneas”, diz o relatório da Cetesb. A relação entre a presença da substância na água e a atividade rural é tema de pesquisa em andamento pela Unesp em Rio Preto.

O cromo (ou crômio), metal pesado que também pode provocar câncer gástrico, também foi encontrado em quantidade elevada (acima de 0,05 miligramas por litro d’água) em nove municípios, sendo que em três deles há alta concentração tanto de crômio quanto de nitrato: Palestina, Potirendaba e Guzolândia.

A presença do metal na água do subsolo do Noroeste paulista foi verificada pela primeira vez em 1977, em Urânia, o que obrigou a Sabesp a lacrar o poço no município e levar água da vizinha Jales para abastecer a cidade. O fenômeno tem causas naturais, segundo a Cetesb: a presença de óxido de manganês e carbonato de cálcio elevam o pH da água e favorecem reações químicas para que o cromo passe da fase sólida para a líquida. Mas a Cetesb não descarta a contaminação por curtumes.

Empresas dizem ter controle

A Sabesp, que cuida da distribuição de 11 das 17 cidades, diz ter conhecimento do problema, mas garantiu que a água distribuída à população atende todas as normas de potabilidade definidas pelo governo federal. “Em Dirce Reis e São João das Duas Pontes, temos estação para eliminar o cromo, enquanto em outras cidades, como Guzolândia e Jales, a água do Bauru é diluída com a de outros poços”, diz o gerente de desenvolvimento operacional da Sabesp, Renato Orsi.

A Empresa de Saneamento de Palestina (Esap) informou por meio de nota que tanto no nitrato quanto o crômio “são arrastados para o lençol freático por chuvas intensas”. A empresa disse também que vai procurar a Cetesb para buscar mais informações sobre o estudo. O Serviço de Água e Esgoto de Potirendaba (Seap) garante acompanhar a qualidade da água captada a cada três meses, que que as análises dessas substâncias “não têm apresentado resultados relevantes”.

Em dez dias, a autarquia de saneamento de Cajobi vai trocar os poços do Bauru por um poço profundo, que vai captar água no aquífero Guarani, não contaminado. A Prefeitura de Barretos informou que o município não retira água do aquífero Bauru. O Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto (Semae) em Rio Preto não se manifestou até as 18h de ontem. Ninguém foi localizado ontem na Prefeitura de Mirassolândia para comentar o assunto. Fonte de captação da maior parte da água potável consumida na região, o aquífero Bauru apresenta índices de nitrato, cromo e chumbo, todas substâncias cancerígenas, acima do limite tolerável em 17 municípios do Noroeste paulista, inclusive Rio Preto. É o que aponta relatório da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) divulgado nesta semana, com base em dados coletados em 2012.



Em nove cidades, foi constatado mais de 5 miligramas de nitrato, substância decorrente da decomposição de matéria orgânica, por litro d’água no aquífero, o que indica contaminação do lençol e é considerado pela Cetesb acima do valor máximo permitido, ainda que dentro do padrão de potabilidade definido pelo Ministério da Saúde, que é de dez miligramas por litro. Em Rio Preto, o índice foi de 9,14 miligramas. Já em Jales, a medição acusou 11,3 miligramas, o que traz riscos à saúde, incluindo câncer no aparelho digestivo.



“As empresas de saneamento acompanham semanalmente a qualidade da água que retiram do subsolo. Mas há muitos poços artesianos que captam água no Bauru construídos clandestinamente, sem controle algum da água”, diz o químico da Cetesb em Rio Preto, Paulo José de Figueiredo.



Para a Cetesb, a alta concentração de nitrato na água da região é decorrente do uso de fertilizantes agrícolas da região. “Nas duas últimas décadas houve grande aumento das áreas cultivadas, onde o uso intensivo de fertilizantes nitrogenados (...) tem favorecido o aparecimento de nitrato nas águas subterrâneas”, diz o relatório da Cetesb. A relação entre a presença da substância na água e a atividade rural é tema de pesquisa em andamento pela Unesp em Rio Preto.



O cromo (ou crômio), metal pesado que também pode provocar câncer gástrico, também foi encontrado em quantidade elevada (acima de 0,05 miligramas por litro d’água) em nove municípios, sendo que em três deles há alta concentração tanto de crômio quanto de nitrato: Palestina, Potirendaba e Guzolândia.



A presença do metal na água do subsolo do Noroeste paulista foi verificada pela primeira vez em 1977, em Urânia, o que obrigou a Sabesp a lacrar o poço no município e levar água da vizinha Jales para abastecer a cidade. O fenômeno tem causas naturais, segundo a Cetesb: a presença de óxido de manganês e carbonato de cálcio elevam o pH da água e favorecem reações químicas para que o cromo passe da fase sólida para a líquida. Mas a Cetesb não descarta a contaminação por curtumes.



Empresas dizem ter controle



A Sabesp, que cuida da distribuição de 11 das 17 cidades, diz ter conhecimento do problema, mas garantiu que a água distribuída à população atende todas as normas de potabilidade definidas pelo governo federal. “Em Dirce Reis e São João das Duas Pontes, temos estação para eliminar o cromo, enquanto em outras cidades, como Guzolândia e Jales, a água do Bauru é diluída com a de outros poços”, diz o gerente de desenvolvimento operacional da Sabesp, Renato Orsi.



A Empresa de Saneamento de Palestina (Esap) informou por meio de nota que tanto no nitrato quanto o crômio “são arrastados para o lençol freático por chuvas intensas”. A empresa disse também que vai procurar a Cetesb para buscar mais informações sobre o estudo. O Serviço de Água e Esgoto de Potirendaba (Seap) garante acompanhar a qualidade da água captada a cada três meses, que que as análises dessas substâncias “não têm apresentado resultados relevantes”.



Em dez dias, a autarquia de saneamento de Cajobi vai trocar os poços do Bauru por um poço profundo, que vai captar água no aquífero Guarani, não contaminado. A Prefeitura de Barretos informou que o município não retira água do aquífero Bauru. O Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto (Semae) em Rio Preto não se manifestou até as 18h de ontem. Ninguém foi localizado ontem na Prefeitura de Mirassolândia para comentar o assunto.



(Allan de Abreu – Diário da Região)

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