Motorista de 57 anos é mais uma vítima de laishmaniose em Votuporanga
Motorista de 57 anos é mais uma vítima de laishmaniose em Votuporanga
Publicado em: 02 de abril de 2013 às 19:24
O motorista Clemente Alcino, de 57 anos, morreu às 11h30 de hoje (2/4), na Santa Casa de Votuporanga, com diagnóstico de leishmaniose visceral. Ele ela morador do bairro Friozi. Segundo uma filha, Clemente o quadro do pai se agravou por conta de outras doenças, como diabetes e problemas renais. O sepultamento está previsto para às 10 horas de amanhã, no Cemitério Municipal. Os cachorros são os principais vetores da doença. Segundo a filha, no entanto, a família não possuía cães. Votuporanga vive um surto da doença e as autoridades de saúde recomendam atenção máxima com criadouros e animais doentes. A DOENÇA A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, esplenomegalia tropical e febre dundun, é uma doença causada pelo protozoário tripanossomatídeo Leishmania chagasi. É transmitida por vetores da espécie Lutzomia longipalpis e L. cruzi; mosquitos de tamanho diminuto e de cor clara, que vivem em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo orgânico (ex.: galinheiros). Suas fêmeas se alimentam de sangue, preferencialmente ao fim da tarde, para o desenvolvimento de seus ovos. Pessoas e outros animais infectados são considerados reservatórios da doença, uma vez que o mosquito, ao sugar o sangue destes, pode transmiti-lo a outros indivíduos ao picá-los. Em região rural e de mata, os roedores e raposas são os principais; no ambiente urbano, os cães fazem esse papel. Quanto a este fato, podemos entendê-lo ao considerarmos a proximidade que estes animais têm com a nossa espécie e que nem todos, quando infectados, apresentam os sinais da doença (emagrecimento, perda de pelos e lesões na pele). Indivíduos humanos apresentam febre de longa duração, fraqueza, emagrecimento e palidez como sintomas. Fígado e baço podem ter seu tamanho aumentado, já que a doença acomete estes órgãos, podendo atingir também a medula óssea. O período de incubação é muito variável: entre dez dias e dois anos. Doença endêmica em 62 países, no Brasil são registrados cerca de 3.000 casos por ano, sendo que mais de 5% dos acometidos vão a óbito, cerca de um ou dois anos após o surgimento dos sintomas: grande parte em razão da falta de tratamento.
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