"Barba" é julgado pela morte de André da Conveniência em Votuporanga
"Barba" é julgado pela morte de André da Conveniência em Votuporanga
Publicado em: 10 de maio de 2013 às 06:42
O tribunal do júri do Fórum da Comarca de Votuporanga segue sua "maratona" de julgamentos em 2013. Hoje, à s 9h, acontece o 13º, sendo que outros quatro já foram agendados para os próximos dias. Senta-se no banco dos réus o ex-segurança Rogério Ferreira Nascimento, conhecido por "Barba". Ele vai responder pela acusação de ter matado um comerciante com mais de dez golpes de faca, no interior de uma loja ao lado da Praça São Bento em 2012. O assassinato ficou conhecido como o "crime da conveniência". Na defesa de Barba, estarão os advogados Edmilson Marcos de Oliveira, Gésus Grecco e Douglas Fontes, que têm em seus currÃculos vasta experiência em júris populares, principalmente de casos de grande repercussão. Entre os mais recentes, trabalharam como defensores do pedreiro Eduardo Rafael Flores, condenado por matar a ex-mulher com facadas no Jardim Marin, e o de José Aparecido Francisco, o Zé Carabina. Como Barba já confessou durante a fase de investigações que foi o autor das facadas que tiraram a vida de André Luis Lopes Molina, a provável tese da defesa tentará desclassificar as três qualificadores e provar que o réu agiu em legÃtima defesa, movido por forte emoção, destempero e estresse causados pelo desentendimento com a vÃtima. Barba e André teriam discutido devido um desacordo trabalhista. Após iniciarem luta corporal, o réu pegou uma faca e aplicou os golpes contra André. Em depoimento, Barba contou à polÃcia que a vÃtima teria xingado a mãe e o filho dele, além de ter iniciado as agressões. Segundo a versão da acusação, o réu teria prestado serviços como segurança na loja de conveniência da vÃtima, sendo dispensado pelo comerciante, após ter se afastado para tratamento de uma hérnia umbilical. André também teria demitido, em perÃodo anterior ao crime, a mãe de Barba, a qual trabalhou no caixa do estabelecimento. Entenda o caso Na data dos fatos, 17 de junho de 2012, por volta das 20h15, Rogério (Barba) estava na loja de conveniência e se desentendeu com André, em horário que o estabelecimento estava fechado ao público. Barba, em poder de uma faca, desferiu vários golpes de faca contra a vÃtima, atingindo-a em diversas partes do corpo, principalmente nas costas, nuca, pescoço e braços. Na sequência, Barba fugiu do local, levando consigo a arma utilizada no crime. A vÃtima, mesmo com intenso sangramento, conseguiu passar pelos cômodos do estabelecimento e tentou pedir por socorro na rua Itacolomi, arrastando-se até a calçada. Em seguida, André permaneceu caÃdo, agonizando na presença de populares, mas conseguiu revelar o nome do seu algoz, o Barba. Para a acusação, Barba não tolerava a dispensa do serviço e as circunstâncias da demissão da mãe, acabando o desacerto trabalhista com a morte do ex-patrão. Barba se apresentou à DIG acompanhado dos advogados, ele contou ao delegado que cometeu o homicÃdio e alegou legÃtima defesa. Ele prestou depoimento por cerca duas horas e meia ao delegado responsável pelo caso, João Donizete Rossini e saiu da delegacia em companhia dos advogados. O delegado representou pela prisão de Barba, que não foi localizado pela polÃcia e passou a ser considerado foragido pela Justiça. Rogério Nascimento, o Barba ficou foragido por cerca de um mês, se entregando à s autoridades no dia 19 de junho de 2012. O suspeito chegou à cadeia por volta das 14h em companhia de familiares e de seus advogados, Gésus Grecco, Douglas Fontes e Edmilson de Oliveira. Aparentando tranquilidade, ele abraçou os advogados e entrou calado ao prédio da cadeia, sem se pronunciar à imprensa. (Jociano Garofolo - A Cidade)
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