Ladrões furtam 8 cães e dão prejuízo de R$ 35 mil a criador da região

Desde ontem, o cachorro Airon não come direito, compartilhando da tristeza de seu dono. Andrey Virgílio da Silva, criador de cães da raça pug, teve oito animais furtados na tarde de ontem, em dois crimes seguidos. Um prejuízo estimado em R$ 35 mil. Dos nove animais que ele tinha como membros de seu canil, sobrou apenas o Airon. “Nós estamos numa tristeza só. Estou desnorteado e o Airon está perdido sem os outros”, lamenta o criador.

O primeiro furto aconteceu entre o início da tarde de anteontem. O dono conta que saiu pouco antes das 12h e quando voltou, às 14h30, percebeu que a sua casa, que é também onde funciona o canil, estava revirada. “Uma das cachorras estava solta no quintal e eu pensei que ela tivesse feito a bagunça, mas depois percebi que estava faltando um computador”. A casa fica no bairro Mançor Daud.




De imediato, Andrey foi até o canil e percebeu que havia um cachorro a menos. Ligou para a polícia e decidiu sair para registrar o crime. “Eu não fiquei mais de uma hora fora, mas quando voltei eles tinham levado mais sete cachorros.” Andrey acredita que os bandidos tinham cópias das chaves da casa, já que não havia sinais de arrombamento, e usaram um carro Audi preto. “Uma vizinha até viu o carro aqui na frente de casa, mas como era um veículo de marca, não imaginou o que estava acontecendo”, conta Andrey. Além dos animais, os bandidos levaram um computador e uma impressora. “Esses cachorros são a minha vida.”

Há quatro anos ele trabalha com pugs. “Eu sou apaixonado por eles. Crio de uma maneira diferente. Eles ficam soltos e recebem muito carinho”. Mesmo com alto valor de mercado, Andrey garante que, além de ser o seu ganha pão, os animais são parte da família. “Eu amo esses cães.” Na página de propaganda do canil pela internet, que chama “Andmon pugs”, a descrição comprova a paixão do criador. “Para nós a criação é muito mais que o simples acasalamento na mira de vender uma ninhada. Na sua base deverá estar o amor com os animais”, está escrito na página.

Os bichos eram criados no quintal dos fundos da casa de Andrey, um espaço gramado e amplo. O quarto do dono fica ao lado do local onde eles dormiam. “Eu estava sempre junto. Esse era o nosso jeito de criar”, explica. A principal preocupação do proprietário é com a cachorra Castanhola, que também foi levada. “Ela tem problemas para andar e faz tratamento”. A cachorra Belinha era a mais antiga do grupo. “Ela estava comigo há quatro anos, desde que eu comecei a criar. E agora?”. A Polícia Civil está investigando o furto. Quem tiver pistas sobre o paradeiro dos companheiros de Airon pode ligar diretamente para ele nos números: (17) 9134-6242 ou (17) 9128-3101, em Rio Preto.

(Daniela Penha - Diário da Região)