Homem é condenado a 16 anos de prisão por matar mulher

O Fórum de Votuporanga realizou ontem o júri popular do réu Pedro Donizeth dos Santos, acusado de ter cometido homicídio consumado contra sua companheira Cleonice Ferreira Dias. No crime, que aconteceu no dia 8 de janeiro de 2011, ele desferiu vários golpes de faca na vítima. A sentença ficou determinada em 16 anos de reclusão, com regime inicial fechado.
Outra acusação que aumentou a pena foi devido à apresentação de uma carteira de trabalho falsificada. A qual o réu providenciou para transparecer que estivesse trabalhando, visto que esteve em liberdade provisória até a data do julgamento, que foi conduzido pelo juiz Jorge Canil.
O promotor Eduardo Boiati gostou da sentença e detalhou sobre a carteira falsificada. “Isso ficou comprovado e a empresa era uma de construção em Estrela d’Oeste e como estava fraudada solicitei que cumprisse a pena preso”.
Já os advogados de defesa Marcus Gianezi e Silvanio Pirani vão recorrer. “É preciso apurar e vamos entrar com um habeas corpus. O afastamento dele do trabalho é devido ao motivo que pegou dengue”, alegou Pirani.
Na sentença explica que depois de atingir mortalmente sua companheira, desferiu chute contra ela, então caída, xingando-a e gabando-se do ato. “Ainda preso, insistiu em acompanhar audiência em comarcas longínquas, abrindo mão desse direito ao ser posto em liberdade. Ressalto-me, por fim, que fez questão de apresentar cópia de sua carteira de trabalho, mencionando admissão em 29 de maio último. Apurou, porém, o Ministério Público, ao longo dos trabalhos, que falsidade foi cometida, constatando o cartório, mediante certidão que será juntada aos autos, emitida com base em contato telefônico com o suposto empregador, que o réu insistiu muito para ser contratado, sendo admitido por experiência por 45 dias, pouco trabalhou, apresentando atestado médico, afastando-se e não mais retornando ao serviço. Depara-se nítida tentativa de fraudar o processo. Além do mais, acabou envolvendo-se em flagrante por receptação em Paranaíba, em 4 de dezembro de 2012”, leu o juiz Jorge Canil.
Os nomes dos sete jurados são: Clóvis de Prosdócimi, Clarice Antonia de Souza, Luiz Antonio Paladini, Valdeniro Odivaldo Casteletti, Pedro Luiz Veronezi, Edson Antonio Pistilli e Natalia Gabriela Birafoni.

Crime
O casal estava hospedado em uma pensão quando deu início a uma discussão que posteriormente teve continuidade na rua. Cleonice carregava sacolas e pedia para seu companheiro que a deixasse ir ver a sua filha, mas o acusado não permitiu. Por esse motivo fútil, o réu a ameaçou com uma faca e a vítima implorava para que ele não a furasse. Depois disso, ele atingiu-a com a faca na região supra clavicular esquerda. O crime foi cometido de maneira que a vítima não conseguisse se defender, ela estava com as mãos ocupadas com as sacolas enquanto tentava se desvencilhar dele.




(Ancelmo Lio - Diário de Votuporanga)