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Audiência pública da PM em Votuporanga

Trabalho no primeiro semestre apresentado

Publicado em: 01 de julho de 2016 às 18:25

Audiência pública da PM em Votuporanga
Na manhã de ontem, a 3.ª Companhia da Polícia Militar de Votuporanga realizou sua segunda audiência pública para prestação de contas. O encontro foi realizado no auditório da Associação Comercial, e contou com a presença de autoridades, secretários e interessados em questões de segurança que foram expostas pelo capitão Edson Fávero. O encontro agora se tornou obrigatório, graças a um pedido da coronel Helena dos Santos Reis, ao qual todos os 49 municípios que fazem parte do CPI-5 deverão prestar contas de seu serviço à população. Votuporanga encerrou as audiências do semestre, elencando e mostrando ao público presentes alguns dados e metas alcançadas pelo efetivo no primeiro semestre. Homicídios Até o momento, o município já ultrapassou o número de homicídio cometidos no mesmo período do ano passado. Enquanto em 2015, de janeiro a junho, ocorreram dois homicídios, nesse ano o número já subiu para três. Enfrentamento Fávero falou sobre os três casos e esclareceu alguns pontos referentes aos crimes. O capitão contou ao público que, atualmente, um dos maiores problemas que a polícia tem encontrado nas ruas é o enfrentamento, principalmente físico, dos indivíduos, que não respeitam mais as abordagens. Esse foi o caso do homicídio que envolveu um adolescente e um policial militar no mês passado. Ele, juntamente com outro rapaz, teria ignorado a ordem da PM e, mesmo após a abordagem executada, o mesmo ainda apontou uma arma para os oficiais. Quanto ao homicídio da semana passada, onde um rapaz de 23 anos foi morto na porta de uma oficina no bairro Estação, ele esclarece que informações dão conta de que o crime foi, realmente, um acerto de contas e pode ter ligação com uma grande apreensão de drogas, já que a vítima havia saído da cadeia há menos de dois dias. Adolescentes Segundo o capitão, outro caso comum é o de bandidos já maiores de idade, usarem adolescentes nos seus crimes, pois as penas podem ser mais brandas para esses indivíduos. Os números registrados pela PM também vão de encontro ao que foi dito pelo capitão, já que, conforme ele relata, dos 513 furtos cometidos, 80% são praticados por adolescentes. A maioria são furtos de motocicletas que, posteriormente, serão adulteradas e revendidas. “É difícil, porque a polícia prende, mas a reposição é muito rápida. Em três anos ?fizemos mais ou menos 450 prisões por tráfico, o que muda isso? Não muda nada, já que a substituição é imediata”, lamentou. Mudanças Outro fato citado e lamentado pelo capitão foi referente a uma medida, aprovada pelo Supremo Tribunal Federal na última quarta-feira. A norma estabelece que a falta de vagas em estabelecimento adequado para determinado regime de prisão não autoriza a manutenção do condenado num regime mais severo. Isso significa que um preso no regime semiaberto (pelo qual é possível trabalhar fora do presídio durante o dia) poderá ir para a prisão domiciliar (cumprida em casa, em geral com uso de tornozeleira eletrônica) se não houver vagas no sistema prisional. “Agora imaginem, vem mais uma leva de pessoas para a rua com penas a cumprir. É mais uma leva de ‘fechados’ no aberto”, disse. Trânsito Alguns dos dados referentes ao trânsito sofreram um aumento. O motivo, para Fávero, é que no ano anterior o número foi bastante positivo e, dificilmente, conseguiria ser “batido” ou até mesmo igualado em 2016. Até agora o número de multas registradas e aplicadas pela PM foi de 4.394, que equivale 5,3% da frota que, hoje chega a 78.694 veículos, enquanto, em 2015, esse número era de 75.973. Se dissolvido em seis meses, o número de multas cai para menos de um por cento ao mês. “É emocional tratar desses números. Ainda assim, acreditamos que há uma consciência melhor da segurança no trânsito, até em decorrência dos acidentes. Nossos focos de ?fiscalização estão mais voltados ao que causa mais acidentes, como falar ao celular enquanto dirige, sem cinto e embriaguez. A polícia não pode e não deve quebrar galho”, afirmou. Balanço Os números apresentados são positivos. Ao todo, no primeiro semestre foram contabilizados 3.964 atendimentos sem registro de boletim de ocorrência, com uma média de resolução de 22 por dia. Os mandados de busca e apreensão também chamam atenção, já que, dos 136 expedidos, 130 foram cumpridos.



(Maíra Petruz – Diário de Votuporanga)

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