O ato de amamentar é fundamental para a vida do bebê, da mãe e para o relacionamento entre ambos. Este ato, aparentemente simples, mas de impacto enorme, é o foco da Semana Mundial de Aleitamento Materno, que acontece de 1º a 8 de agosto, mobilizando profissionais e instituições de saúde. No Austa Hospital, de Rio Preto, onde acontecem cerca de 80 partos por mês, o vínculo entre mãe e bebê é estimulado no primeiro segundo de vida. É tão importante para o futuro de ambos que é conhecido em todo o mundo como a “Golden Hour”, a hora dourada ou hora mágica.
“Ao nascer, o bebê é colocado imediatamente junto à mãe para que vá se acalmando. Este primeiro contato imediato com o seio é precioso para ambos”, ressalta a médica pediatra Cláudia Takahashi Atanes, do Austa Hospital. Segundo o pediatra, o recém-nascido às vezes nem mama imediatamente, porém, só a proximidade, a busca e as tentativas de sugar já desencadeiam a liberação de prolactina, o hormônio por trás da produção do leite materno, cujos níveis caem logo depois do parto.
Durante toda sua permanência no Austa Hospital, a puérpera recebe o apoio das equipes de enfermagem e fonoaudiologia, que a acolhe, tranquiliza e auxilia na amamentação. “Orientamos sobre como pegar o bebê, a sucção, o intervalo entre as mamadas, entre outras informações importantes”, pontua a enfermeira Hélid Svazate.
O Austa Hospital, com a compreensão e apoio das puérperas, colabora com o fornecimento do precioso alimento para o Banco de Leite da cidade. Às mães cujos recém-nascidos precisam permanecer na unidade de tratamento intensivo (UTI) neonatal são convidadas a doar o leite excedente que produzem para doação. A cada 15 dias, a van do Banco de Leite permanece no Austa Hospital para receber as mães doadoras.
Os benefícios do ato de amamentar para bebês e mães são inúmeros. Segundo a pediatra, o aleitamento materno reduz em 13% a mortalidade até os cinco anos, evita diarreia e infecções respiratórias, diminui o risco de alergias, diabetes, colesterol alto e hipertensão, leva a uma melhor nutrição e reduz a chance de obesidade. Além disso, o ato contribui para o desenvolvimento da cavidade bucal do pequeno e promove o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê.
"A cada dia, descobrimos ganhos ainda mais duradouros que se refletem ao longo de toda a vida. Por meio do leite, a mãe passa ao bebê vários anticorpos que são extremamente importantes para a sua saúde, pois torna-o mais resistente a doenças", afirma o pediatra do Austa Hospital.
A pediatra enfatiza que a amamentação beneficia muito a mãe. “Estudos demonstraram que amamentar até os seis meses diminui o risco de câncer de mama. Amamentar na primeira hora de vida libera no corpo da mãe a ocitocina, hormônio que ajuda na recuperação do útero para seu tamanho normal", pontua Dra. Cláudia. A ocitocina também está ligada à redução do estresse. O que talvez ajude a explicar outras benesses associadas ao contato pele a pele imediato.